Investigação do confronto em Curitiba só terá início com acompanhamento do MP
O protesto que repudiava o projeto que altera a previdência de funcionários públicos estaduais deixou cerca de 200 feridos na tarde desta quarta-feira (29) e, de acordo com autoridades, foi em grande parte incitado por infiltrados. Em entrevista à Jovem Pan, o comandante-geral da PM, coronel Cesar Vinícius Kogut, afirmou que a investigação só terá início quando representantes do Ministério Público acompanharem a apuração dos fatos. “Tivemos que tomar as medidas cabíveis a fim de atendermos a ordem judicial para que a Assembleia pudesse realizar o seu papel”, argumentou.
A polícia ainda investiga a participação de black blocs na manifestação. O Ministério Público do Estado instaurou procedimento para apurar excessos na repressão às manifestações no entorno da Assembleia Legislativa, onde acontecia a votação do projeto.
O governador paranaense, Beto Richa, do PSDB, defende a ação dos policiais e diz que o conflito começou com pessoas estranhas. “Os policiais ficaram parados protegendo o prédio público conforme determinação do judiciário, na medida em que os manifestantes avançam nos policiais eles têm que reagir”, e completou “temos imagens que mostram pessoas infiltradas que não faziam parte do grupo dos professores e que queriam radicalizar, fazer arruaça, e essas pessoas estão presas”.
Desde segunda-feira (27), os professores acampam em frente ao Legislativo e, nesta quarta, teriam tentado entrar para protestar contra a proposta. A Associação dos Professores do Paraná repudia a ação policial e informa que promoverá assembleia para decidir se a greve vai continuar.
Enquanto acontecia o conflito, os deputados aprovavam o projeto que deu origem à confusão. A proposta autoriza o Estado a retirar do Fundo Previdenciário, formado por contribuições do funcionalismo, cerca de R$142 milhões por mês. O texto final será encaminhado para sanção do governador Beto Richa.
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