Israel diz que manterá operações em Gaza até fim de lançamento de foguetes
Jerusalém, 22 jan (EFE).- O ministro de Defesa de Israel, Moshe Yaalon, advertiu nesta quarta-feira que o exército de seu país prosseguirá com as operações militares em Gaza enquanto o lançamento de foguetes continuarem.
Em declarações divulgadas pelo jornal digital “Ynet”, o ministro israelense se referiu ao assassinato nesta madrugada de Ahmad al Zaanin, que o exército de seu país descreveu como “um terrorista” membro do grupo palestino “Jihad Islamiya”.
Em comunicado enviado à imprensa, as Forças Armadas israelenses afirmaram que Zaanin tinha participado do lançamento de foguetes contra zonas israelenses durante o enterro do general Ariel Sharon, morto há dez dias.
“O exército prosseguirá suas ações para fazer com que o Hamas e aqueles que espalham o terror e lançam foguetes contra Israel paguem um duro preço”, afirmou.
“O assassinato durante a noite foi uma resposta contra os foguetes que são lançados em direção às cidades israelenses. Não hesitaremos em continuar com o uso da força para destruir qualquer ameaça para nossa segurança, utilizando todos os mecanismos ao nosso alcance”, acrescentou.
Fontes médicas palestinas em Gaza disseram que, além de Zaanin, o ataque matou seu primo, Mohamad al Zaanin, que estava no carro atingido na cidade de Beit Hanou, no norte da Faixa de Gaza e alvejado pelos disparos israelenses.
Pouco depois, as Brigadas ao-Quds, braço armado do grupo palestino “Jihad Islamiya”, advertiu que responderá à morte ontem à noite de um de seus membros em um ataque aéreo israelense em Gaza.
Em comunicado divulgado em seu site, a milícia afirmou que “não retrocederá em sua resistência até que a terra Palestina seja libertada”.
“Seu sangue não foi derramado em vão. Sua morte perseguirá os ocupantes onde quer que estejam”, disse a nota.
Esta é a segunda ação destas características realizada pelo exército israelense desde que há 14 meses foi realizada uma operação militar em massa contra Gaza.
No domingo passado, a aviação israelense disparou e matou Ahmad Saad, que estava em uma moto no norte da Faixa de Gaza, e também era membro do grupo palestino Jihad Islamica.
Após o ataque, o braço militar do grupo advertiu a Israel que a continuidade deste tipo de ações colocavam em perigo o cessar-fogo.
Além disso, o jornal “Ynet” informou sobre uma operação do exército israelense na cidade de Hebron, onde prendeu duas pessoas e encontrou com elas, dezenas de pistolas, munição e outras armas. EFE
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