Jihadistas são detidos no Mali em posse de uniformes do exército
Bamaco, 7 fev (EFE).- Pelo menos 11 supostos jihadistas, entre eles imames e líderes religiosos, foram detidos neste sábado em Djabali, na região de Segou (centro do Mali), em posse de armas e uniformes do exército malinês.
Segundo disse à Agência Efe uma fonte de segurança, os detidos poderiam ser os autores dos ataques perpetrados no mês passado em Tenenkou, no qual morreram seis soldados e um civil, e em Nampala, onde vários grupos lançaram um ataque coordenado contra um quartel militar e mataram dez soldados.
Por outro lado, neste dia foram registrados violentos enfrentamentos na cidade de Fitilli e Tessit, no norte do Mali, entre as milícias pró-governo e os grupos armados independentistas.
Hoje em Argel, os representantes do governo de Bamaco e os diferentes grupos armados adiaram a reunião extraordinária que começou na quinta-feira.
No entanto, a equipe de mediação continuará amanhã suas consultas na capital argelina.
Esta reunião não era uma continuação das conversas de paz, mas foi convocado para “congelar” as posições dos movimentos armados nas regiões do norte, consolidar os acordos de cessar-fogo de maio de 2014 e criar as condições para um reatamento das negociações.
Tanto Mongi Hamdi, representante especial da ONU no Mali, como o chefe da Missão da União Africana para o Sahel (Misahel), Pierre Buyoya, e representantes da Comunidade Econômica dos Estados de África Ocidental (Cedeao), entre outros, criticaram hoje a “rápida degradação da segurança” no Mali.
Desde Argel pediram que acabe com as hostilidades e sublinharam “a necessidade de criar um clima de serenidade e confiança para retomar o diálogo intermalineses”.
Há mais de duas semanas, os separatistas do Movimento Nacional de Libertação do Azawad (MNLA) e do Grupo de Autodefesa Tuaregue (Gatia, aliados do governo central) se enfrentam pelo controle do terreno na zona de Tabankort, no nordeste do Mali, sem que o Exército malinês e nem a força de estabilização da ONU (Minusma) consigam impedí-los. EFE
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