Jihadistas se retiram da universidade de Ramadi e enfrentam exército
Bagdá, 7 jun (EFE).- Os jihadistas do Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL) se retiraram neste sábado da Universidade de Ramadi, que atacaram horas antes, e estão enfrentando o exército nos arredores da instituição, informaram à Agência Efe fontes de segurança.
Por enquanto se desconhece o número de vítimas das operações militares contra os extremistas e do ataque contra a universidade, onde centenas de estudantes e professores foram mantidos reféns.
As forças de segurança, que cercaram a universidade apoiadas por helicópteros, perseguem agora dezenas de extremistas pelas ruas dos bairros próximos à universidade.
Os jihadistas conseguiram invadir a instituição após detonar dois artefatos explosivos e enfrentar os seguranças.
A maioria dos estudantes vive em dependências da universidade devido à dificuldade para se chegar à instituição procedente de Ramadi, que vive um conflito armado desde janeiro.
O exército iraquiano e os milicianos do EIIL mantêm duros combates desde o princípio do ano na província de Al-Anbar, onde ambos os lados contam com o apoio de combatentes tribais sunitas.
O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) denunciou na sexta-feira que quase meio milhão de pessoas tiveram que abandonar seus lares em Al-Anbar por causa desta onda de violência.
Desde quinta-feira passada, o EIIL ampliou sua ofensiva para outras províncias iraquianas, como Salah ad-Din, Ninawa e Diyala, deixando centenas de vítimas.
Em Sala ad-Din, os jihadistas conseguiram controlar por algumas horas seis bairros da cidade de Samarra, enquanto combates em Mossul (capital de Ninawa) deixaram ontem mais de 40 mortos.
A origem do EIIL é o chamado Estado Islâmico do Iraque, uma aliança de organizações radicais nascida da Al Qaeda em território iraquiano em outubro de 2006, durante a ocupação americana.
Em abril de 2013, o Estado Islâmico do Iraque acrescentou ao seu nome “e do Levante”, e anunciou que começava a operar também na Síria, o que desagradou a cúpula da Al Qaeda, que exige que o grupo limite sua atuação ao Iraque. EFE
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