Kerry: o momento é “crítico” para que Rússia e separatistas cumpram acordos
Antalya (Turquia), 13 mai (EFE).- O secretário de Estado americano , John Kerry, assegurou nesta quarta-feira perante os ministros das Relações Exteriores da Otan que chegou um “momento crítico” na crise no leste da Ucrânia para que Rússia e os separatistas cumpram plenamente os acordos de paz de Minsk.
“Há um grande acordo entre os membros da Otan que este é um momento crítico para a ação por parte da Rússia, dos separatistas, de se ater aos acordos de Minsk”, disse Kerry após participar de um café da manhã informal com os ministros das Relações Exteriores da Aliança Atlântica, que hoje iniciam uma reunião de dois dias na cidade turca de Antalya.
O chefe da diplomacia americana acrescentou que informou a seus colegas da Otan sobre as reuniões mantidas na terça-feira com o presidente russo, Vladimir Putin, e seu ministro das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, no porto russo de Sochi (Mar Negro).
Na opinião de Kerry, é “crítico” também que os observadores da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) possam “chegar às áreas em conflito” no leste da Ucrânia, o que considerou “importante” para “pôr fim ao conflito nessa zona”.
Kerry afirmou que os aliados não têm preferência pelas sanções à Rússia, mas deixou claro que “as sanções estarão aí em um esforço por tentar garantir a paz” na Ucrânia.
“É urgente que o acordo de Minsk seja aplicado plenamente”, disse Kerry, lembrando que isso envolve reformas e um processo de eleições.
“É uma oportunidade para que o conflito encontre o caminho da solução”, indicou, e pediu que “o presidente Putin, a Rússia e os separatistas se juntem com o governo da Ucrânia para aplicar totalmente esse acordo e façam progressos”.
Por sua vez, o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, disse que os acordos de paz de Minsk “têm que ser aplicados completamente” e que “o cessar-fogo tem que ser respeitado e o armamento pesado ser retirado” do leste da Ucrânia, como prevêem esses pactos.
“Pedimos à Rússia que deixe de respaldar os separatistas e que retire suas forças da Ucrânia. As ações dizem mais que as palavras. Chegou o momento de atuar com urgência com a total implementação do acordo de Minsk”, enfatizou.
Stoltenberg também deixou claro que a posição da Otan “não mudou: suspendemos nossa cooperação prática com a Rússia (desde abril do ano passado por causa do papel de Moscou na crise ucraniana), mas mantemos abertos os canais para a cooperação política”. EFE
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