Levy diz que crescimento do país depende de imaginação e não de fórmulas mágicas

  • Por Agência Brasil
  • 22/09/2015 13h12
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Minitro da Fazemda Joaquim Levy EFE/Fernando Bizerra Jr. Minitro da Fazemda Joaquim Levy

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse nesta terça-feira (22) que o Brasil necessita de imaginação e não da ilusão de fórmulas mágicas para que a economia chegue ao crescimento. Ao se dirigir a participantes de um seminário da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que está sendo realizado no Itamaraty, em Brasília, Levy defendeu a construção pela sociedade brasileira de uma agenda de crescimento que envolva equilíbrio fiscal.

“A gente tem de ter humildade e as pessoas têm de entender a razão desse esforço [em busca do crescimento]. As pessoas precisam se motivar, ter a confiança de que esta transição vai nos levar a uma economia mais aberta, dinâmica, vigorosa. A gente terá esse desenvolvimento econômico”, disse.

O ministro voltou a defender reformas estruturais na economia brasileira para aumentar a produtividade, como a simplificação na arrecadação de tributos e a melhoria na qualificação da mão de obra. “Vamos aproveitar a nova classe média, que foi criada. Dar oportunidade para a classe média. A palavra no Brasil tem que ser oportunidade para ascensão da classe média, [e esta necessita] adquirir novas habilidades e novas capacidades no mercado de trabalho”, afirmou.

Levy observou que o mercado de trabalho no mundo está passando por transformações. Segundo ele, é importante para a sociedade rever o funcionamento do Estado para que este possa atender às necessidades da população do país, a sétima economia do mundo. “Temos que ter uma economia com conteúdo cada vez mais tecnológico, capaz de concorrer e gerar emprego de qualidade, em que a produtividade seja a sustentação do crescimento. A gente não pode viver só do cartão de crédito. A gente não pode viver só gastando colchão fiscal. A gente tem que crescer e ter uma nova fase através da produtividade”.

Levy se disse “antenado” para os desafios da economia. Segundo ele, “o desafio do governo, não é restaurar o passado, é facilitar o futuro”. Depois de sua palestra, o ministro voltou ao Ministério da Fazenda onde terá encontro com representantes da agência de classificação de risco Fitch.

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