Londres tenta identificar suposto jihadista com sotaque britânico

  • Por Agencia EFE
  • 20/08/2014 15h03

Londres, 20 ago (EFE).- A polícia do Reino Unido confirmou nesta quarta-feira que está investigando o vídeo com as imagens da decapitação do jornalista americano James Foley, no qual um suposto jihadista do Estado Islâmico (EI) fala inglês com sotaque britânico.

A Scotland Yard alertou além disso que “a visualização, download ou divulgação de material extremista” pode constituir um delito no Reino Unido de acordo com a legislação contra o terrorismo.

As imagens, que estão sendo retiradas do YouTube e outros portais da internet, mostram a execução do jornalista, de 40 anos e sequestrado em 2012 na Síria, ato que foi condenado por grupos muçulmanos britânicos.

O FBI considera o vídeo autêntico. O primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, retornou hoje de suas férias na Cornualha para se reunir com o ministro das Relações Exteriores, Philip Hammond, funcionários do Ministério do Interior e dirigentes das agências de inteligência para analisar a situação na Síria e Iraque.

O Conselho Muçulmano britânico, que agrupa mas de 500 organizações, mesquitas e escolas islâmicas no Reino Unido, condenou a morte de Foley por extremistas do Estado Islâmico (EI).

“Hoje expressamos mais uma vez nossa rejeição a essa organização reprovável. Estamos horrorizados pelo assassinato de Foley, um repórter que tinha ido à região para denunciar os abusos aos direitos humanos do regime sírio”, afirmou em um comunicado.

O chanceler britânico disse que a organização extremista representa uma “ameaça direta” contra a segurança no Reino Unido.

“Há muito tempo afirmamos que existe um número significativo de cidadãos britânicos na Síria e no Iraque que operam em organizações terroristas”, afirmou Hammond.

O ministro disse que “muitos voltarão em algum momento para o Reino Unido” e se transformarão em um problema para a “segurança nacional”. Além disso, admitiu que o homem encapuzado no vídeo fala inglês e tem acento britânico. EFE

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