Mais de 13 mil famílias iraquianas fogem de Faluja, diz Crescente Vermelho

  • Por Agencia EFE
  • 08/01/2014 14h05

Bagdá, 8 jan (EFE).- Mais de 13 mil famílias abandonaram a cidade de Faluja, a 50 quilômetros ao oeste de Bagdá, por causa dos choques que explodiram há mais de uma semana nessa população, informou nesta quarta-feira o Crescente Vermelho Iraquiano.

“Mais de 13 mil famílias iraquianas se deslocaram de Faluja para as periferias dessa cidade e para as povoações próximas, e a maioria delas vive em escolas, prédios governamentais e em casas de seus parentes”, acrescenta a nota da organização.

O Crescente Vermelho também destacou que durante os últimos três dias prestou socorro humanitário a mais de 8 mil famílias, após recrudescerem os enfrentamentos entre forças governamentais, clãs tribais armados e membros do Estado Islâmico do Iraque e Levante, grupo vinculado à Al Qaeda.

Por sua vez, a ONU, que calculou as famílias deslocadas em 5 mil, advertiu sobre a deterioração da situação humanitária na província ocidental de Al-Anbar em geral e de Faluja em particular, por causa da operação militar e dos ataques, que em muitos casos afetam civis.

O representante especial do secretário-geral da ONU no Iraque, Nickolay Mladenov, disse que “As Nações Unidas trabalham de forma bastante próxima na coordenação com as autoridades iraquianas e com os membros que atuam no âmbito humanitário para garantir que as ajudas cheguem às famílias deslocadas em Al-Anbar”.

Mladenov acrescentou que a província vive uma situação crítica, que pode piorar ainda mais com a continuação das operações militares.

O representante da ONU disse ainda que as agências das Nações Unidas trabalham para determinar as necessidades da população e preparar uma assistência médica, alimentícia e técnica, a fim de distribuí-la caso consiga criar um transporte seguro para Faluja.

Garantir a segurança na chegada desse tipo de ajuda é, segundo Mladenov, “o desafio fundamental”, já que em Faluja os armazéns de comida, água e remédios começaram a esgotar suas reservas.

A ONU expressou repetidamente sua preocupação com o aumento do terrorismo e a violência religiosa no Iraque, por isso pediu aos dirigentes políticos para pôr fim a suas diferenças para restaurar a segurança e frear o derramamento de sangue. EFE

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