Mais de mil soldados ucranianos e seus parentes já deixaram Crimeia

  • Por Agencia EFE
  • 02/04/2014 11h04
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Kiev, 2 abr (EFE).- Mais de mil de soldados ucranianos e seus familiares já deixaram a Crimeia com destino a seu país desde que a Rússia ficou com o controle de todas as unidades militares da península, informou nesta quarta-feira o Ministério da Defesa da Ucrânia.

“No dia de hoje, 2 de abril, chegaram 1.059 pessoas à parte continental da Ucrânia. Delas, 385 são oficiais, 547, sargentos e soldados de contrato e, dois, empregados das Forças Aéreas”, disse a fonte em comunicado.

Além disso, se somam 125 membros de suas famílias, entre eles 38 criança, que abandonaram em ônibus o território da Crimeia, que se incorporou na Federação Russa o passado 21 de março.

Os militares e suas famílias foram transferidos provisoriamente a unidades militares, como Kiev e o porto de Odessa (Mar Negro), centros de treinamento, hospitais e residências.

“Dos 18 mil soldados ucranianos enviados à Crimeia, 3 mil expressaram seu desejo de continuar servindo ao exército ucraniano”, informou hoje outra fonte do governo crimeano à agência oficial russa “RIA Novosti”.

Quanto aos equipamentos militares – armas, tanques, aviões, navios de guerra etc – serão levados à Ucrânia em trem, acrescentou.

O chefe adjunto da Administração presidencial da Ucrânia, Andrei Senchenkom, adiantou ontem que os primeiros navios a deixar as águas crimeanas serão a corveta “Ternópol” e a embarcação de desembarque “Kirovograd”.

Os primeiros passos da retirada, autorizada há poucos dias pelo presidente russo, Vladimir Putin, foram estipulados na terça-feira em reunião entre autoridades russas e ucranianas realizada no porto de Sebastopol, base da Armada da Ucrânia até a anexação russa.

Putin ordenou na sexta-feira passada devolver à Ucrânia somente armamentos, equipes, navios e aviões das unidades militares na Crimeia que foram leais a Kiev até o último momento.

No entanto, Kiev sustenta que nenhuma de suas unidades militares na Crimeia se rendeu por completo à Rússia, já que a maioria dos oficiais e alguns soldados se negaram a depor suas armas até o final. EFE

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