Marinha líbia captura petroleiro norte-coreano que atracou em porto rebelde

  • Por Agencia EFE
  • 10/03/2014 16h23

Trípoli, 10 mar (EFE).- As autoridades líbias anunciaram nesta segunda-feira a captura do petroleiro norte-coreano que atracou no último sábado no porto de Sidra (leste), controlado por milícias federalistas, para comprar petróleo.

O porta-voz do Parlamento líbio, Omar Hamidan, disse à Agência Efe que a embarcação está sob controle da Marinha do país e, atualmente, é levada para o porto de Al Zawiyah, controlado pelas autoridades centrais.

Os portos de Sidra, Ras Lanuf, Briga e Al Zauitina estão administrados desde o último verão por milícias armadas dirigidas por Ibrahim Yidran, presidente da autodenominado Escritório Político da região de Barka (leste do país), que exigem a criação de um Estado federal.

O porta-voz acrescentou que a embarcação foi aprisionada depois de tentar abandonar o porto e que, após chegar a Al Zawiyah, sua carga, calculada em 250 mil barris de petróleo, será inteiramente recuperada.

A Marinha líbia frustrou ontem à noite a primeira tentativa do petroleiro norte-coreano de deixar o porto petroleiro.

Na madrugada do último sábado, a embarcação chegou a Sidra para comprar petróleo das milícias dirigidas por Yidran, que desde o final do ano passado controlam as instalações do local, assim como a dos portos de Ras Lanuf, Briga e Al Zauitina.

Desde então, as autoridades foram incapazes de fechar um acordo com este grupo armado, que exige a criação de uma Líbia federal dividida nas três regiões históricas de Trípoli (noroeste), Fazan (sudoeste) e Barka.

Por outra parte, o presidente do Parlamento líbio, Nouri Abu Sahmin, anunciou a criação de uma força militar especial para intervir nos portos controlados por grupos armados.

Segundo Abu Sahmin, a nova força está composta por unidades do exercito e milicianos dependentes do governo, enquanto sua missão será “libertar os portos petroleiros, desbloqueá-los e devolver seu controle ao Estado”.

Em novembro do ano passado, os milicianos que se apoderaram destes portos, situados ao longo do golfo de Sirte, anunciaram a criação de uma companhia de gás e petróleo para comercializar a produção.

A produção de petróleo na Líbia, cuja capacidade atual gira em torno de 1,4 milhão de barris diários, foi drasticamente reduzida em consequência dos contínuos cortes registrados em diferentes poços e portos, o que causou perdas multimilionárias aos cofres do Estado. EFE

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