‘Me preocupam as aglomerações que já estão acontecendo’, diz Gorinchteyn sobre festas de fim de ano
Em entrevista ao Pânico, o secretário da Saúde de SP também alertou para os mais de 3 milhões de paulistas que não completaram o ciclo vacinal contra a Covid-19: ‘Não estão protegidos e devidamente imunizados’
Nesta quinta-feira, 9, o programa Pânico recebeu o secretário estadual da Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn. Em entrevista, ele disse que é cedo para determinar se haverá Carnaval e festas de fim de ano no estado. “A própria pandemia é analisada todos os dias, seguramente as datas vão ser algo a ser analisado para frente. O estado de São Paulo não define que as cidades devam ou não fazer Réveillon ou Carnaval, a autonomia virá de cada um dos municípios nessa decisão”, afirmou. O secretário se mostrou preocupado com a disseminação do coronavírus em festas privadas. “Precisamos imunizar muito mais pessoas, talvez fosse melhor postergar essas festas para outro momento. O que me preocupa é a aglomeração que vai acontecer independente do espaço público e que já está acontecendo, pessoas que se sentem à vontade para tirar a máscara, comem, cantam, beijam, se abraçam. A máscara acaba não sendo usada”, concluiu.
Mesmo com mais de 70% da população total vacinada, Gorinchteyn alertou para aqueles que ainda não foram aos mais de 5 mil postos de vacinação espalhados pelo estado à procura da segunda dose. Segundo ele, cerca de 3,4 milhões de paulistas não completaram o ciclo vacinal, a maioria jovens e adolescentes. “Nós temos 75% de toda a população acima de 12 anos com duas doses da vacina, imunização completa. Estamos com 95% da população adulta com as duas doses. Porém, quando olhamos os faltosos, temos 3 milhões e 400 mil pessoas que não tomaram sua segunda dose; dessas, 2 milhões são jovens de 12 a 29 anos. Essa é nossa preocupação, não estão devidamente imunizados, não estão protegidos. Temos também pessoas que deviam ter procurado o reforço, a terceira dose, mas também não foram atrás.”
O secretário da Saúde também ressaltou a importância da vacinação como ferramenta para reabertura gradual de eventos em São Paulo. “A história da vacina não vai impedir que as pessoas adquiram a enfermidade. O impacto é proteger de formas graves e fatais, este é o objetivo. O que você passa a ter é uma redução de sintomas e diminuição da quantidade de vírus que esse indivíduo vai transmitir. Isso fez com que pudéssemos fazer as retomadas, temos eventos seguros nos esportes, na cultura, no entretenimento.”
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