Médicos liberianos com ebola melhoram após receberem soro experimental

  • Por Agencia EFE
  • 21/08/2014 15h24

Monróvia, 21 ago (EFE).- Os três médicos liberianos infectados pelo vírus do ebola e que estão sendo tratados com o soro experimental ZMapp mostraram sinais de melhoras, afirmou nesta quinta-feira o Ministério da Justiça da Libéria.

“Recentemente mostraram sinais de melhoria”, disse o vice-ministro de Saúde para Serviços de Prevenção, Tolbert Nyenswah, sobre os pacientes que receberam o medicamento fabricado nos Estados Unidos.

A Libéria recebeu o soro experimental após a presidente do país, Ellen Jonhson Sirleaf, fazer um pedido em 8 de agosto para as autoridades americanas liberarem o medicamento. A epidemia da doença já matou 576 pessoas na Libéria.

Nyenswah disse que doze pessoas, entre elas um médico, receberam alta após serem tratadas em vários centros de isolamentos.

Entre os profissionais da área de saúde que estão sendo tratados com ZMapp estão Abraham Borbor e Zukunis Ireland, que foram infectados enquanto trabalhavam no hospital John F. Kennedy, em Monróvia, um dos grandes centros de tratamento e isolamento para doentes de ebola no país.

O ZMapp, que nunca tinha sido testado em humanos, foi fornecido a dois cidadãos americanos que contraíram o vírus na Libéria, o médico Kent Brantly e a missionária Nancy Writebol, que hoje receberam alta médica após serem levados e tratados nos EUA.

O religioso espanhol Miguel Pajares, a primeira pessoa com ebola em solo europeu, também foi tratado com ZMapp, mas morreu no dia 12 de agosto poucos após ser transferido para Madri.

O surto de ebola, que até agora afetou Libéria, Guiné, Serra Leoa e Nigéria, causou pelo menos 1.350 mortes, de acordo com os últimos números da Organização Mundial da Saúde (OMS).

A epidemia está atingindo especialmente a Libéria, com 576 mortes e 972 casos no país, o que obrigou as autoridades locais a decretarem o toque de recolher e pôr em quarentena dois populosos bairros.

O ebola, que é transmitido por contato direto com o sangue e fluidos corporais de pessoas ou animais infectados, causa hemorragias graves e pode ter uma taxa de mortalidade de 90%. EFE

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