Mercado reduz para 0,24% previsão de crescimento da economia neste ano

  • Por Agencia EFE
  • 03/11/2014 10h19
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Rio de Janeiro, 3 nov (EFE).- Analistas do mercado financeiro reduziram de 0,27% para 0,24% a previsão de crescimento da economia neste ano, mas mantiveram a projeção de expansão de 1% do Produto Interno Bruto (PIB) do país para 2015.

As novas estimativas foram divulgadas pelo Boletim Focus, pesquisa realizada semanalmente pelo Banco Central (BC) com cerca de cem economistas de bancos e instituições financeiras. É o primeiro levantamento publicado depois da reeleição da presidente Dilma Rousseff, que terá mais quatro anos de mandato.

A projeção para 2014, que reflete a menor confiança dos especialistas e a desaceleração econômica sofrida pelo país, contrasta com o 1% de expansão esperada ainda neste ano pelo mercado há dois meses.

Segundo dados oficiais, no segundo trimestre deste ano, a economia brasileira registrou queda de 0,6%, acumulando dois trimestres consecutivos de crescimento negativo. Dessa forma, entrou no que os analistas chamam de “recessão técnica”.

A previsão do mercado para a econômia brasileira neste ano está muito abaixo da projeção de expansão de 0,9% estimada pelo governo e até dos 0,6% esperados pelo Banco Central, segundo a última análise trimestral divulgada pela instituição.

Em qualquer um dos casos, o Brasil sofrerá uma forte retração após a ligeira recuperação de 2013, quando registrou crescimento de 2,3%.

Quanto à inflação, os economistas mantiveram a projeção de 6,45% para 2014, mas elevaram as previsões do próximo ano de 6,3% para 6,32%. Em ambos os casos, o índice estará próximo do teto máximo fixado pelo governo federal, que é de 6,5%.

O Brasil fechou 2013 com uma inflação de 5,91%. Porém, o aumento dos preços no início deste ano chegou a pôr em dúvida o cumprimento da meta.

Na última semana, como forma de conter novas altas, o Comitê de Política Monetária (Copom) reajustou a taxa de juros do país de 11% para 11,25%, surpreendendo o mercado, que não esperava o reajuste. EFE

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