Mexicano Jorge Familiar é o novo vice-presidente do BM para a América Latina

  • Por Agencia EFE
  • 04/05/2014 22h58

Washington, 1 mai (EFE).- O mexicano Jorge Familiar assume nesta quinta-feira a vice-presidência do Banco Mundial (BM) para a América Latina, substituindo o turco Hassan Tuluy e se tornando o primeiro latino-americano no cargo em 30 anos.

O único latino-americano que já assumiu essa vice-presidência foi o ex-presidente do Panamá, Nicolás Ardito Barletta, durante os anos 1980.

“Para mim, como latino-americano, é um grande honra e ao mesmo tempo sinto um compromisso adicional com a região”, afirmou Familiar em conversa telefônica. O mexicano ficará a cargo de projetos destinados para os países da região avaliados em mais de US$ 30 bilhões.

O novo vice-presidente do BM terá como objetivos a dupla missão de erradicar a pobreza até 2030 e promover o desenvolvimento em toda a região.

Familiar comentou que a América Latina teve “enorme sucesso” para diminuir a pobreza durante a última década, ao conseguir reduzir os índices de pobreza extrema em 50%.

Além disso, afirmou que os pobres, pessoas que vivem com menos de quatro dólares por dia, caíram de 50% no período da década de 1990 para 27% na atualidade.

Familiar também comentou que a classe média já representa 32% da população da região, mas esclareceu que 40% dessas pessoas vivem em situação vulnerável e poderiam voltar à pobreza com menos oportunidades e menor crescimento econômico.

Reconheceu os desafios da região devido às menores perspectivas de crescimento, mas descartou uma nova crise, pois considera que a região possuiu um bom “sistema imunológico”.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) reduziu no mês passado em quase meio ponto percentual o crescimento previsto para a região neste ano – para 2,5% – e também anunciou reduções para 2015, com crescimento de 3%, três décimos a menos que o previsto anteriormente.

Familiar ocupou o cargo de vice-presidente e secretário corporativo do Banco Mundial desde 2010, com o qual promoveu o diálogo dentro do órgão para a adoção da nova estratégia para eliminar a pobreza mundial até 2030.

Antes de integrar o Banco Mundial, foi diretor-geral do Instituto del Fondo Nacional para el Consumo de los Trabajadores (Instituto Fonacot) do México, instituição financeira estatal com mais de um milhão de clientes.

Entre 2004 e 2008 representou Costa Rica, El Salvador, Espanha, Guatemala, Honduras, México, Nicarágua e Venezuela no conselho diretor do Banco Mundial.

Familiar substitui Tuluy, que ocupou o cargo durante dois anos e meio e se transformará agora em assessor especial da diretora-gerente do Banco Mundial, Sri Mulyani Indrawati. EFE

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