Milhares protestam em Londres contra novo plano de austeridade de Cameron

  • Por Agência EFE
  • 20/06/2015 12h15
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EFE 250 mil pessoas foram às ruas em Londres para protestar contra política de austeridade imposta por Cameron

Mais de 250 mil pessoas foram às ruas de Londres neste sábado para protestar contra a política de austeridade imposta pelo primeiro-ministro britânico David Cameron, informaram os organizadores da manifestação.

Um porta-voz do grupo “Assembleia do Povo” afirmou à imprensa que a participação popular no movimento convocado hoje pela organização “superou todas as expectativas”.

“A polícia, inclusive, estima que há várias centenas de milhares de pessoas na manifestação. Hoje não é o fim de nossa campanha contra a austeridade, mas o começo de um movimento de massa pronto para enfrentar o governo”, declarou a porta-voz.

Em um ambiente festivo, os manifestantes começaram o protesto de hoje no distrito financeiro de Londres, em frente ao Banco da Inglaterra, e percorreram o centro da capital britânica. A marcha deve terminar no parlamento de Westminster.

Entre as personalidades que discursaram no protesto estão a cantora Charlotte Church, o comediante e ativista Russel Brand e o vice-ministro da Irlanda do Norte, ex-dirigente do IRA e líder do partido Sinn Féin, Martin McGuinness.

Outro presente é o deputado Jeremy Corbyn, um dos candidatos nas eleições para a liderança do Partido Trabalhista, principal grupo de posição, depois dos resultados ruins nas eleições gerais de maio.

No começo do protesto, o líder da Assembleia do Povo, Sam Fairbairn, afirmou que esse é “o princípio de uma campanha de protestos, greves e de desobediência civil em todo o país”.

Outro dos grupos organizadores, a “Coalizão para Deter a Guerra”, lembrou hoje que a política de cortes imposta por Cameron durante os últimos anos será “ainda mais cruel” agora que os conservadores governam sozinho após a vitória no último pleito.

O ministro das Finanças do Reino Unido, George Osborne, apresentará em julho um novo orçamento para 2015-2016 para cumprir, segundo ele, com as promessas efetuadas durante a campanha, apesar de alguns setores interpretarem a medida como uma reviravolta na política de ajustes.

“Estou hoje aqui para demonstrar minha solidariedade com as pessoas, a participação é enorme. A austeridade não é a única via. É imoral, injusta e desnecessária”, opinou Chalotte Church.

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