Militares controlarão novo parlamento na Tailândia
Bangcoc, 1 ago (EFE).- Mais da metade do novo parlamento interino da Tailândia será formado por militares na ativa e da reserva, segundo a lista de deputados elaborada pela junta militar, aprovada na noite de quinta-feira pelo rei Bhumibol Adulyadej.
O Conselho Nacional para a Paz e a Ordem, nome oficial da junta, selecionou os primeiros 200 dos 220 membros do legislativo, e 106 deles são membros das forças armadas.
São 70 militares na ativa e 36 na reserva, e entre eles há 40 generais, 17 marechais em chefe do ar e 14 almirantes.
O resto de membros do parlamento é formado por 11 policiais e 84 civis, incluídos burocratas, ex-senadores, acadêmicos e diretores de empresas.
Entre os deputados estão Preecha Chan-ocha, irmão do chefe da junta militar, Prayuth Chan-ocha, e Patcharawat Wongsuwan, irmão de Prawit Wongsuwan, outro dos líderes do golpe de estado de 22 de maio.
O novo parlamento, que segundo a imprensa local se reunirá pela primeira vez em 7 de agosto, será o encarregado de nomear o primeiro-ministro, que deve ser assumido por Prayuth, que conservaria seu posto à frente da junta militar.
O primeiro-ministro elegerá um governo interino para ser formado em setembro e que, revelou a imprensa local, incluiria os principais dirigentes da junta.
Entre eles, estaria Anupong Paochinda, antecessor de Prayuth como chefe do exército, que seria nomeado vice-primeiro-ministro e ministro da Defesa, e o comandante supremo das Forças Armadas, Tanasak Patimapragorn, que assumiria as relações exteriores.
O novo parlamento foi aprovado uma semana depois da sanção da constituição interina na qual a junta deu a si mesma todo o poder para criar uma “democracia genuína”, além de anistiar todos seus membros.
A junta militar pretende realizar uma série de reformas políticas, sociais e econômicas que, anunciou, culminarão em outubro de 2015 com a convocação de eleições para a escolha de um novo parlamento. EFE
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