Militares patrulham Grande Vitória; parte do comércio retoma atividades

  • Por Estadão Conteúdo
  • 07/02/2017 11h17
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ES - CRISE SEGURANÇA/EXÉRCITO/VITÓRIA - GERAL - Exército faz a segurança no Bairro Maruípe, em Vitória (ES), na manhã desta terça-feira (7). O Espírito Santo está sem a PM nas ruas porque protestos de familiares dos policiais bloqueiam as saídas dos batalhões. As famílias pedem reajuste salariam para a categoria, que é proibida de fazer greve. Desde sábado (4), o estado vive uma onda de violência com mortes, saques e assaltos. 07/02/2017 - Foto: GILSON BORBA/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO GILSON BORBA/ESTADÃO CONTEÚDO Espirito Santo - AE

Integrantes da Força Nacional de Segurança começaram a chegar à Grande Vitória no fim da madrugada desta terça-feira (7), horas depois de soldados do Exército irem às ruas para fazer patrulhamento ostensivo. 

A presença dos militares devolveu um pouco da confiança dos moradores, que nesta manhã voltaram a circular pelas ruas da capital do Espírito Santo. A movimentação de pessoas nas ruas é maior do que aquela vista no fim da tarde de segunda-feira (6). Algumas estabelecimentos voltaram a abrir as portas.

Em crise na segurança, o Espírito Santo recebeu o socorro das Forças Armadas e da Força Nacional de Segurança ao Estado por causa da paralisação da Polícia Militar, que vem desde o fim de semana. O movimento já foi considerado ilegal pela Justiça, que determinou aplicação de multa diária de R$ 100 mil por descumprimento. 

A categoria reivindica reajuste salarial e denuncia falta de pagamento de auxílio-alimentação, adicional noturno e por periculosidade, além de más condições da frota de veículos empregada no patrulhamento.

Familiares de PMs se posicionaram na frente de batalhões na Grande Vitória e em cidades do interior para impedir a saída dos PMs e de carros e protestar contra o governo – que não aceita negociar enquanto os PMs não voltarem a seus postos. 

Onda de violência

A sensação de insegurança é grande no Estado, e, por isso, foi adiado nesta segunda-feira o início do ano letivo nas escolas públicas do município de Vitória. Unidades de saúde restringiram o atendimento. 

Foi verificado aumento no número de crimes nos últimos dias, como homicídios e assaltos. Foram registrados saques, arrombamentos de lojas e dois ônibus foram incendiados na noite desta segunda-feira em Serra, na região metropolitana. Cidades como Guarapari, Linhares, Aracruz e Colatina estão sem policiamento.

“Os efeitos são desastrosos. Quem deveria estar cuidando da população não está cuidando. Quando as polícias não funcionam, temos que recorrer a recursos federais, até que a gente possa retomar a normalidade”, disse nesta segunda-feira o secretário de Segurança, André Garcia.

Ele ressaltou que o Estado não tem condições financeiras de dar aumento aos PMs e não pode ceder à pressão dos protestos. “Independentemente da pauta, se é justa ou não, tem que ter policiamento na rua”, afirmou.

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