Militares ucranianos e pró-Rússia denunciam novas violações de trégua
Kiev, 25 abr (EFE).- O comando militar ucraniano e as milícias separatistas pró-russas se acusaram mutuamente neste sábado de repetidas violações da trégua na zona do conflito no leste da Ucrânia, onde mais de seis mil pessoas já morreram.
Nesta madrugada, os separatistas lançaram 80 mísseis Grad contra posições das tropas do governo de Kiev, segundo o boletim do quartel-general das forças ucranianas na zona do conflito.
“Nos últimos dias aumentaram consideravelmente os ataques com armamento pesado contra as posições ucranianas”, afirmou o comunicado militar, que não divulgou baixas em suas fileiras.
A Guarda Nacional, vinculada ao Ministério do Interior da Ucrânia, comunicou que dois soldados ficaram feridos hoje em um combate na cidade de Shirokino, no sul da região de Donetsk, às margens do mar de Azov.
Já a chefia das milícias da autoproclamada república popular de Donestk, denunciou hoje que as forças ucranianas atacaram a cidade de Marievka com mísseis Grad.
“Um miliciano morreu nesse ataque”, informou a agência de notícias dos separatistas de Donetsk.
O acordo de Minsk para a solução do conflito no leste da Ucrânia estabelece que as tropas ucranianas e as milícias pró-russas não podem ter armamento pesado em um trecho de várias dezenas de quilômetros ao longo das linhas de separação de forças.
O primeiro-ministro ucraniano, Arseni Yatseniuk, denunciou ontem que as milícias separatistas, com o apoio da Rússia, realizam uma “grande concentração de homens e armamento pesado”.
Em discurso na Rada Suprema, o parlamento, Yatseniuk ressaltou que a situação nas regiões orientais do país é “extremamente complicada, pois a agressão russa está longe de terminar”.
A Ucrânia declarou a Rússia “país agressor”, e a acusa de enviar tropas e armamento para apoiar a sublevação pró-russa, o que sempre foi negado pelo Kremlin. EFE
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