Ministro abandona site de cadastro único e faixa intermediária do Minha Casa 3
Inauguração de novas unidades do Minha Casa
Inauguração de novas unidades do Minha CasaAs duas principais novidades da terceira etapa do Minha Casa Minha Vida anunciadas pela equipe da presidente afastada Dilma Rousseff, em março deste ano, foram deixadas de lado sob a gestão do ministro das Cidades, o tucano Bruno Araújo. A proposta de que os interessados em participar do programa de habitação popular se inscrevessem em um site único para depois serem sorteados foi abandonada pelo Ministério das Cidades. A secretária nacional de Habitação, Henriqueta Arantes, orientou nesta quinta-feira, 2, que a população continue procurando as prefeituras para se cadastrar no programa.
Os interessados poderiam, em tese, acompanhar todo o processo de seleção – que antes ficava a cargo das prefeituras – por meio desse portal onde estariam os dados cadastrais das famílias, informações sobre o programa e simulador de financiamento.
O cadastro único gerido pelo governo federal recebeu várias críticas dos prefeitos, que consideraram que foi retirada deles a administração da lista das pessoas que querem fazer parte do programa, seguindo o critério dado pelo governo federal. O setor da construção civil também reclamou por considerar que os sorteios não considerariam questões mercadológicas de viabilidade dos empreendimentos.
Segundo Araújo, o governo do presidente em exercício, Michel Temer, ainda tenta transferir o site da Secretaria de Comunicação da Presidência da República para o Ministério das Cidades. O site, afirmou o ministro, não tem o objetivo de ser propaganda do programa, mas de reunir no mesmo local dados dos beneficiários do MCMV.
Outra novidade anunciada pela equipe de Dilma que está suspensa é a chamada faixa 1,5. A faixa intermediária beneficia famílias que ganham até R$ 2.350. A nova faixa teria subsídios de até R$ 45 mil para a compra de imóveis cujo valor pode chegar a R$ 135 mil, de acordo com a localidade e a renda. Além do “desconto”, os juros do financiamento também seriam subsidiados, de 5% ao ano. O FGTS seria a fonte desses subsídios. O ministro disse que pediu à secretária um levantamento sobre a capacidade do fundo de bancar os subsídios dessa faixa.
Permanecem de pé outras condições anunciadas para a terceira etapa, como o valor que os beneficiários pagarão a partir de junho. Na faixa 1, os beneficiários pagarão uma prestação de até R$ 270 por mês (nas outras duas etapas, era de 5% a renda apenas). O pagamento é feito por 10 anos, sem juros. Na faixa 2, o subsídio será de até R$ 27,5 mil, com juros de 5,5% a 7% ao ano. No faixa 3, a taxa será de 8,16% ao ano.
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