Movimento dos caminhoneiros teve claro “refluxo”, diz ministro da Justiça

  • Por Agência Estado
  • 11/11/2015 17h13

Caminhoneiros protestam contra aumento do preço da gasolina e baixo preço do frete (Betim - MG EFE greve caminhoneiros

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, afirmou nesta quarta-feira, 11, que não há o que negociar com os caminhoneiros que têm bloqueado estradas pelo País. Cardozo avalia que houve um “refluxo” do movimento depois da ação das polícias e da edição da Medida Provisória (MP) que tornam mais duras as punições para quem impedir a circulação de veículos nas rodovias Ele afirmou que, no boletim das 13 horas, havia apenas quatro bloqueios e que o restante dos protestos não impedia a passagem de veículos.

Perguntado se havia uma preocupação do governo com a possibilidade de a bancada ruralista derrubar a MP das multas para os manifestantes, Cardozo disse que é legitimo que cada parlamentar se posicione como quiser e argumentou que cabe à administração federal explicar ao Congresso o porquê de ter tomado essa decisão.

“Direito de manifestação é constitucional, mas ninguém tem direito de se manifestar prejudicando a economia e criando situação de desespero para quem precisa de combustível, alimentos e medicamentos”, argumentou. O ministro da Justiça disse que o movimento teve o objetivo anunciado de causar desabastecimento.

Cardozo declarou que, se for preciso, a Força Nacional de Segurança Pública (FNSP) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) atuarão para desobstruir as estradas. “Já há multas aplicadas e no fim do dia vamos computar. Nossa maior preocupação é garantir fluxo das estradas”, garantiu. 

O ministro ainda rebateu informações repassadas por congressistas de que o Poder Executivo receberia integrantes do Comando Nacional dos Transportes, grupo que organizou os atos iniciados nesta segunda-feira, 9. “O governo tem mesa de diálogo com os caminhoneiros e nos reunimos quinzenalmente. Mantemos diálogo com todas as entidades que representam o caminhoneiro e elas são contra as manifestações”, esclareceu. “Movimento não tem pauta e é claramente político, não há o que negociar”, concluiu.

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