Mubarak é condenado a 3 anos de prisão por desvio de fundos públicos

  • Por Agencia EFE
  • 21/05/2014 08h15

Cairo, 21 mai (EFE).- O ex-presidente egípcio Hosni Mubarak foi condenado nesta quarta-feira a três anos de prisão por apropriação indevida de fundos públicos, em um caso relacionado com o orçamento dos palácios presidenciais, informaram à Agência Efe fontes da Justiça.

O Tribunal Penal do Cairo sentenciou também os filhos do ex-mandatário, Alaa e Gamal, a quatro anos de prisão pelas mesmas acusações, em uma decisão que é apelável.

Além disso, a corte estipulou que deverão devolver ao Estado em compensação por esta fraude 21 milhões de libras egípcias (cerca de US$ 3 milhões) e a pagar uma multa de 125 milhões (cerca de US$ 18 milhões), além das despesas do julgamento.

Todos eles eram acusados de se apropriar de mais de 125 milhões de libras egípcias dos cofres públicos, destinadas à manutenção dos palácios presidenciais.

Mubarak está sob prisão domiciliar no Hospital das Forças Armadas de Maadi, enquanto seus filhos estão presos no presídio de Tora, ambos no sudeste do Cairo.

No dia 19 de fevereiro, durante a primeira sessão do julgamento, o ex-presidente e seus filhos negaram as acusações: “Todo o mencionado pela Promotoria Pública não aconteceu em absoluto e é infundado”, disse Mubarak.

Também eram processados neste caso os egípcios Mohiedin Abdel Jatim e Amre Mohammed, que trabalhavam para a presidência egípcia; e Abdel Hakim Mansur e Majid Hassan, funcionários em uma empresa terceirizada de projetos de construção.

No entanto, o magistrado Osama Shahin, presidente do tribunal, se inibiu hoje de julgar estas quatro pessoas alegando que não é competente para isso.

O ex-mandatário é acusado de ter posto a seu nome propriedades do Estado sem pagar por elas, e incluir o valor das mesmas – 125 milhões de libras egípcias – no orçamento estatal alocado ao Ministério da Habitação e ao centro de Comunicação da presidência.

A Promotoria concluiu também que Mubarak e seus filhos usaram dinheiro público para construir e decorar propriedades imobiliárias próprias nos bairros de Cairo de Heliópolis e Katameya, e nas localidades litorâneas de Sharm el-Sheikh e Marina, entre outras. EFE

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