Admiradores de Berlusconi se reúnem em Milão para dar último adeus ao ‘imortal’ político italiano

Ex-primeiro-ministro da Itália morreu na segunda-feira, 12, vítima de leucemia; funeral de Estado será seguido por um dia de luto nacional

  • Por Jovem Pan
  • 14/06/2023 11h07
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HANDOUT / QUIRINALE PRESS OFFICE / AFP berlusconi funeral Carregadores carregam o caixão do ex-primeiro ministro da Itália e magnata da mídia Silvio Berlusconi, na catedral Duomo em Milão

Admiradores de Silvio Berlusconi, ex-primeiro-ministro italiano, denominado como o ‘imortal’, se aglomeraram em Milão, na Itália, nesta quarta-feira, 14, para dar o último adeus ao magnata e político que morreu aos 86 anos na segunda-feira, 12, vítima de uma leucemia. O funeral de Estado, contou com milhares de pessoas, incluindo autoridades e políticos, embora poucos estrangeiros. A cerimônia fúnebre de Berlusconi, começou às 15h (10h em Brasília) na catedral da cidade no norte da Itália. A cerimônia foi exibida em telões instalados na famosa praça da capital da Lombardia e nas portas da catedral. Entre as personalidades na cerimônia estava o presidente da República, Sergio Mattarella; a primeira-ministra Giorgia Meloni; e seus dois vice-primeiros-ministros, Matteo Salvini e Antonio Tajani. Este último é o número dois do partido de Berlusconi, ‘Forza Italia’. Meloni e Salvini, os dois líderes de extrema-direita da coalizão no poder, participaram na noite de terça-feira de um velório na residência do empresário em Arcore, perto de Milão. O funeral de Estado, previsto pelo protocolo, será acompanhado por um dia de luto nacional, algo inédito para um ex-primeiro-ministro — e que não agrada a todos os italianos. “O funeral de Estado está previsto e é justo, mas o luto nacional para uma pessoa divisiva como Silvio Berlusconi me parece uma decisão inoportuna”, disse Rosy Bindi, ex-ministra de esquerda no segundo governo de Romano Prodi (2006-2008), em entrevista à rádio pública.

Várias centenas de seguidores do “Cavaliere” se posicionaram durante a manhã atrás das grades colocadas pela polícia nos arredores da catedral. Nos degraus que levam ao átrio foram posicionadas algumas coroas de flores. “Silvio Berlusconi é o meu primeiro e único amor político. É um dia muito triste para a Itália”, lamentou Luigi Vecchione, um funcionário de uma empresa têxtil, de 48 anos, procedente de Borgosesia, na região do Piemonte, vizinha de Milão. “Era um líder carismático que criou empregos e tinha empatia por todos. Sentiremos sua falta”, acrescentou, vestindo uma camisa preta com um grande coração vermelho. Também vestida de preto, Lucia Diele, uma funcionária municipal de 30 anos, saiu de Altamura, na região de Puglia. “Silvio Berlusconi foi o maior político da história da Itália. Deixa um vazio imenso que será impossível de preencher. Giorgia Meloni é uma ótima primeira-ministra, mas ninguém ocupará o lugar de Silvio”, disse. Segundo a agência de notícias italiana Ansa, espera-se a presença do primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban, e do emir do Catar, xeque Tamim bin Hamad Al Thani.

*Com informações da AFP

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