AstraZeneca estuda ‘uso combinado’ das vacinas de Oxford e da Rússia contra Covid-19

Laboratórios querem confirmar se a mistura de duas vacinas parecidas pode produzir resposta imunológica melhor

  • Por Jovem Pan
  • 11/12/2020 09h47
EFE/EPA/RDIF Frascos da vacina russa contra a Covid-19, Sputnik V A tecnologia é diferente da vacina da Pfizer, que está sendo aplicada no Reino Unido

Cientistas do Reino Unido e da Rússia vão testar uma combinação da vacina de Oxford, em parceria com a AstraZeneca, e da russa Sputnik V, do Instituto Gamaleya, para verificar se a proteção contra a Covid-19 pode ser melhorada. De acordo com informações preliminares, a mistura de duas vacinas parecidas pode produzir uma resposta imunológica melhor nas pessoas. Tanto o imunizante de Oxford quanto a Sputnik V são semelhantes porque contêm material genético da proteína Spike.

A tecnologia é diferente da vacina da Pfizer, que está sendo aplicada no Reino Unido. Agora, os testes vão ser realizados na Rússia e vão envolver maiores de 18 anos. Ainda não se sabe o número de voluntários. A Universidade de Oxford publicou recentemente resultados que mostram que sua vacina é segura e eficaz no teste com pessoas, mas os pesquisadores ainda estão coletando dados sobre a eficácia em indivíduos com a idade avançada. Ela aguarda a aprovação do MHRA, órgão equivalente à Anvisa no Reino Unido.

O laboratório está explorando diversas combinações na intenção de gerar melhor resposta imunológica e, consequentemente, maior proteção contra a Covid-19. Os primeiros testes da Sputnik V mostraram resultados promissores, apesar de nenhum ter sido registrado em publicações científicas. Essa foi a primeira vacina registrada contra a Covid-19 e foi administrada na Rússia em agosto de forma emergencial. Agora ela é oferecida no país como parte da campanha de vacinação em massa.

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