Astro do boxe, Manny Pacquiao anuncia candidatura à presidência das Filipinas
Eleito deputado em 2010 e senador em 2016, o boxeador era aliado e colega de partida do presidente Rodrigo Duterte, mas em junho criticou o mandatário por não enfrentar Pequim no conflito diplomático pelas disputadas águas do Mar da China Meridional
O astro do boxe filipino e senador Manny Pacquiao concorrerá à presidência nas eleições de 2022 nas Filipinas, após ter sido indicado em um congresso realizado por seu partido, o PDP-Laban. “Sim, eu aceito”, disse Pacquiao, de 42 anos, em um discurso diante de um telão que exibia vídeos de lutas do filipino, que detém o recorde de 12 títulos mundiais em oito categorias diferentes. Pacquiao, eleito deputado em 2010 e senador em 2016, era aliado e colega de partida do presidente Rodrigo Duterte, mas em junho criticou o mandatário por não enfrentar Pequim no conflito diplomático pelas disputadas águas do Mar da China Meridional.
Um mês depois, o boxeador denunciou supostos casos de corrupção no programa de ajuda do governo por conta da Covid-19. Isso causou uma guerra interna no Partido Democrático das Filipinas-Poder Popular (PDP-Laban) entre o grupo que apoia Pacquiao e o que está ao lado de Duterte. No mês passado, o lado do PDP-Laban que apoia Duterte o indicou como candidato a vice-presidente, já que a lei filipina impede que presidentes concorram à reeleição.
Um sintoma dessa ruptura é que as contas do partido no Twitter e no Facebook estão nas mãos do grupo de Pacquiao, enquanto o site ainda mantém a foto de Duterte. O presidente, um líder autoritário que construiu uma reputação de implacável com sua sangrenta guerra contra as drogas, chamou Pacquiao de oportunista por criticá-lo agora, depois de apoiá-lo por cinco anos. Duterte é o favorito nas pesquisas e alguns analistas sugerem que ele poderia concorrer com sua filha Sara, prefeita da cidade de Davao, como candidata à presidência. Pacquiao, idolatrado por milhões de filipinos, criou polêmica no passado por dizer que se opõe ao casamento gay como um pecado contra Deus e por apoiar a pena de morte, que não é reconhecida nas Filipinas.
*Com informações da EFE
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