Ataque israelense atinge escola usada como abrigo na Faixa de Gaza

Com os bombardeios das últimas horas, o número de vítimas no enclave palestinos chegou a 40.939, de acordo com o Ministério da Saúde da Palestina

  • Por Jovem Pan
  • 07/09/2024 10h20
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EFE/EPA/MOHAMMED SABER Palestinos deslocados internamente inspecionam abrigos destruídos após um ataque militar israelense perto do Hospital dos Mártires de Al-Aqsa em Deir Al Balah, centro da Faixa de Gaza, 05 de setembro de 2024. De acordo com o Ministério da Saúde Palestino em Gaza, mais de quatro palestinos foram mortos após um ataque aéreo israelense atingir perto do hospital. O exército israelense declarou que conduziu um ataque aéreo "Não há um acordo em andamento", disse o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu

Pelo menos oito pessoas morreram no bombardeio israelense que atingiu uma escola usada como abrigo no centro de refugiados de Jabalia, em Gaza, segundo a agência palestina Wafa. O Exército de Israel, por sua vez, afirma ter conduzido ataques precisos contra terroristas que operavam em centro de comando do Hamas escondido no complexo. Metade das vítimas estaria abrigada em tendas montadas ao redor da escola por palestinos deslocados pelo conflito, afirma o serviço de resgate de Gaza.

Com as aulas interrompidas pela guerra, as escolas têm se transformado em abrigo para famílias deslocadas dentro do enclave. Muitos palestinos continuam recorrendo a esses prédios, mesmo sabendo que não são seguros contra ataques, em parte, porque possuem encanamento e oferecem algum acesso a água. Israel disse em comunicado que adotou medidas para mitigar o risco aos civis antes do ataque e culpou o grupo Hamas por camuflar terroristas na população de Gaza. O ataque em Jabalia foi seguido por uma série de bombardeios no norte e centro do enclave, atingindo a Cidade de Gaza e Nuseirat. O serviço de emergência palestino afirma que há crianças entre as vítimas.

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Com os bombardeios das últimas horas, o número de vítimas no enclave palestinos chegou a 40.939, de acordo com o Ministério da Saúde local. A guerra, desencadeada pelo ataque terrorista de 7 de outubro, que matou 1,2 mil pessoas em Israel, está prestes a completar um ano. As negociações por cessar-fogo se arrastam sem acordo e os dois lados trocam acusações sobre a culpa pelo fracasso dos esforços diplomáticos. Washington e Londres são aliados de Tel-Aviv, embora o Reino Unido tenha divergido dos EUA ao suspender algumas exportações de armas para Israel. O governo de Keir Starmer, primeiro-ministro britânico, expressou a preocupação de que o armamento pudesse ser usado para violar o direito internacional

Burns, da CIA, está fortemente envolvido nas discussões sobre o cessar-fogo e viajou ao Egito no mês passado para uma rodada de negociações. Autoridades americanas, incluindo o presidente Joe Biden, insistiram nos últimos dias que o acordo estava próximo mas, até agora, não houve entendimento entre Israel e Hamas. “Não há um acordo em andamento”, disse o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu. “Infelizmente, não está perto”, acrescentou, contrariando o otimismo americano.

*Com informações do Estadão Conteúdo
Publicado por Marcelo Bamonte

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