Ataque russo em estação de trem na Ucrânia deixa ao menos 25 mortos
Rússia confirmou ser autora do bombardeio realizado no Dia da Independência ucraniana; pelo menos 31 pessoas ficaram feridas
Um ataque russo realizado em uma estação de trem no Dia da Independência da Ucrânia, que coincidiu com o dia que a guerra completou seis meses, deixou ao menos 25 mortos e 31 feridos na noite quarta-feira, 24, segundo o balanço atualizado divulgado pela empresa que opera o serviço ferroviário no país. “De acordo com as informações da manhã, temos 25 mortos, incluindo duas crianças. Trinta e uma pessoas ficaram feridas, incluindo duas crianças”, afirmou a empresa no Telegram. O bombardeio atingiu a estação de Chaplyne, na região de Dnipropetrovsk, centro da Ucrânia. O ataque foi revelado pelo presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, em sua mensagem de vídeo ao Conselho de Segurança da ONU. O ataque de Chaplyne e o bombardeio de artilharia em cidades da linha de frente, incluindo Kharkiv, Mykolaiv, Nikopol e Dnipro, seguiram as advertências do presidente Zelensky sobre as provocações russas antes do 31º aniversário da declaração de independência da Ucrânia.
O Ministério da Defesa da Rússia confirmou nesta quinta-feira, 25, que suas forças realizaram o bombardeio que, segundo Kiev, também atingiu uma área residencial. Em seu briefing diário, o ministério afirmou que um míssil Iskander atingiu um trem militar na estação de Chaplyne que entregaria armas às forças ucranianas na linha de frente na região de Donbass, leste da Ucrânia. Os combates na área perto da usina nuclear de Zaporizhzhia, a maior da Europa, no leste da Ucrânia, surgiram como uma grande fonte de preocupação nas últimas semanas, com Moscou e Kiev trocando acusações de risco de desastre ao bombardear a usina. As Nações Unidas pediram que a área seja desmilitarizada e seu órgão de vigilância nuclear, a Agência Internacional de Energia Atômica, está tentando obter acesso. Nesta quinta-feira, o chefe da AIEA, Rafael Grossi, disse a uma emissora francesa que a agência estava “muito, muito perto” de poder viajar para a usina, capturada pelas forças russas em março, mas ainda administrada por técnicos ucranianos.
*Com informações da AFP e Reuters
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