Ataques israelenses forçam deslocamento de 1 milhão de civis no Líbano

De acordo com o último relatório oficial do país, 116 mil deslocados internos estão alojados em 777 centros habilitados pelas autoridades, dos quais mais de 500 atingiram sua capacidade máxima

  • 29/09/2024 08h33
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EFE/EPA/STR bombardeio no libano O Líbano, com uma população estimada em menos de seis milhões de pessoas, foi forçado a abrir centenas de abrigos para deslocados

Cerca de um milhão de pessoas abandonaram as suas casas nos últimos dias no Líbano devido à campanha de ataques sem precedentes que Israel mantém contra o sul e o leste do país, segundo anunciou neste domingo (29) o primeiro-ministro libanês, Najib Mikati. “O número é grande, estima-se que um milhão de pessoas foram forçadas a se deslocar de um lugar para outro durante os últimos dias. É considerada a maior operação de deslocamento no Líbano em toda a história”, disse o premiê em entrevista coletiva. “A gestão deste deslocamento não depende apenas de encontrar abrigo e comida para estas pessoas, mas há outras coisas como garantir um serviço de saúde nestes centros de acolhimento para evitar a propagação de doenças ou o problema de acúmulo de lixo”, explicou Mikati.

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O Líbano, com uma população estimada em menos de seis milhões de pessoas, foi forçado a abrir centenas de abrigos para deslocados desde que Israel começou a bombardear os principais redutos do grupo xiita Hezbollah, na última segunda-feira. De acordo com o último relatório de situação publicado neste domingo pela presidência do Conselho de Ministros do Líbano, 116.100 deslocados internos estão alojados em 777 centros habilitados pelas autoridades, dos quais mais de 500 atingiram sua capacidade máxima.

Várias ONGs denunciaram a falta de serviços básicos nos abrigos e a falta de espaço que em alguns casos obriga várias famílias a serem alojadas na mesma sala de aula. Mikati destacou hoje que foi ordenado à alfândega que suspendesse os impostos sobre a ajuda humanitária e as doações do exterior para que os suprimentos “cheguem diretamente ao Estado” e facilitem a entrada de produtos tão necessários.

*Com informações da EFE
Publicado por Marcelo Bamonte

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