Autópsia de Sebastián Piñera aponta que ex-presidente do Chile sobreviveu a queda do helicóptero, mas morreu afogado
Líder chileno recebeu nesta quarta-feira honras estatais; Boric decretou luto de três dias no país e ordenou que um funeral de estado fosse realizado
A autópsia do ex-presidente do Chile, Sebastián Piñera, que morreu na terça-feira, 6, mostra que ele sobreviveu a queda do avião, mas morreu afogado. Investigações preliminares tinham mostrado que ele não tinha conseguido soltar o cinto de segurança. O serviço médico legal do Chile realizou uma autópsia durante a noite em Piñera, que morreu aos 74 anos, antes de seus restos mortais serem enviados para receber honras estatais na capital chilena nesta quarta-feira, 7. À imprensa local, a promotora Tatiana Esquivel declarou: “como promotoria, agora estamos em posição de informar à comunidade que a causa médico-legal da morte do ex-presidente Sebastián Piñera é asfixia por submersão”. Ela também enfatizou que a causa do acidente ainda não foi determinada, mas que as investigações continuam sendo realizadas. Até o momento não divulgaram mais detalhes, pelo que não parece que as duas principais versões que estão sendo consideradas possam ser esclarecidas: um problema técnico resultante das más condições meteorológicas na zona, com vento forte e chuva, ou algum problema físico problema do presidente, o que o teria feito perder o controle e não conseguir tirar o cinto de segurança.
O helicóptero em que Piñera estava – ele foi presidente do Chile em suas oportunidades (2010-2014 e 2018-2022) – caiu na tarde de terça no Lago Ranco, região central do país. O líder chileno, Gabriel Boric, prestou as condolências a família da vítima e decretou luto nacional de três dias, além de ordenar a realização de um funeral de estado para a despedida de Piñera. O caixão com o corpo do ex-presidente chileno em Santigado em um avião da Força Aérea do Chile (FACh) e foi recebido com honras pelo presidente do país, Gabriel Boric, e vários de seus ministros. A esposa de Piñera, Cecilia Morel, viajou no avião com parte da família e foi calorosamente abraçada por Boric ao chegar ao aeroporto. O caixão, coberto com uma bandeira chilena, foi retirado do avião por militares da FACh, enquanto tocava um hino fúnebre militar, e transportado alguns metros em uma carruagem de madeira, escoltado por seus filhos e alguns de seus netos, até um carro que irá levá-lo à antiga sede do Congresso Nacional, em Santiago.
*Com informações da Reuters e EFE
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