Biden narra ‘raiva e preocupação’ com absolvição de jovem que matou pessoas em protestos

Apesar do posicionamento, presidente dos Estados Unidos pediu que população se manifestasse de maneira pacífica

  • Por Jovem Pan
  • 20/11/2021 11h48
EFE/EPA/SHAWN THEW - 16/08/2021 Joe Biden falando em microfone diante de bandeiras dos Estados Unidos Biden afirmou que muitos norte-americanos sentiram raiva com a decisão judicial

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, admitiu nesta sexta-feira, 19, ter ficado com raiva e preocupado com a absolvição de Kyle Rittenhouse, um jovem que matou dois manifestantes em Wisconsin durante protestos antirracistas na cidade de Kenosha em 2020. Apesar do posicionamento, o democrata pediu para a população manifestar de maneira pacífica sua opinião em relação à polêmica sentença. Em nota oficial divulgada pela Casa Branca, Biden fez eco ao julgamento do crime cometido em agosto de 2020, quando o acusado de 17 anos de idade andou pelas ruas da cidade com um fuzil AR-15 e 30 balas. O caso se tornou altamente politizado e fez do réu um símbolo do trumpismo no país. “Embora o veredicto de Kenosha possa causar em muitos americanos, incluindo eu mesmo, sentimentos de raiva e preocupação, devemos levar em conta o que o júri falou”, declarou o presidente.

Com a possibilidade de manifestações relacionadas à sentença, ele pediu para a população “expressar seus pontos de vista pacificamente e de acordo com o Estado de direito”. “A violência e a destruição de propriedade não têm lugar em nossa democracia”, afirmou Biden, que confirmou ter falado com o governador de Wisconsin, Tony Evers. Após a conversa, o chefe de governo salientou que as autoridades federais e estaduais estão em contato para estarem preparadas para qualquer resposta à decisão da corte. Biden também garantiu que continua comprometido com seu compromisso de “unir o povo americano”, mesmo ciente de que não pode “curar as feridas do país da noite para o dia”. “Continuo resoluto em minha promessa de fazer tudo o que estiver ao meu alcance para garantir que todo americano seja tratado de forma igual, justa e com dignidade sob a lei”, finalizou.

*Com informações da EFE

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