Boko Haram liberta 344 estudantes na Nigéria após divulgar vídeo; assista
Há quase uma semana, o grupo jihadista sequestrou os meninos de uma escola secundária em Kankara para ‘desencorajar a educação ocidental’
O governo do estado de Katsina, na Nigéria, afirmou que 344 estudantes foram libertados nesta quinta-feira, 16, pelo grupo jihadista Boko Haram. Os meninos estavam desaparecidos desde o dia 11, quando a organização terrorista os sequestrou da Escola Secundária de Kankara. Na ocasião, as autoridades locais afirmaram que 333 jovens entre 11 e 20 anos tinham sido capturadas, mas agora fala-se em um número maior. Os garotos que já foram encontrados estavam em Tsafe, que não é distante de sua cidade natal, mas fica a aproximadamente três horas de viagem por causa das condições das estradas. Não ficou claro sob quais condições eles foram libertados.
O anúncio da libertação aconteceu algumas horas depois do Boko Haram divulgar um vídeo de pouco mais de seis minutos em que um jovem, com o rosto coberto de poeira e arranhões, afirma ser um dos 520 sequestrados pelos jihadistas. O garoto menciona que alguns de seus colegas teriam sido assassinados e pede que o governo nigeriano chegue a um acordo amigável com seus sequestradores. Ao fundo aparecerem outras crianças, algumas delas chorando.
"Please, you have to dissolve any gang of vigilantes, close any kind of schools, excluding Islamiyyah [Qur'anic schools]. All the troops who have come here to help us, please send them back," one of the abducted schoolboys pleaded in the released video. pic.twitter.com/QbHCTpQ6cJ
— HumAngle_ (@HumAngle_) December 17, 2020
O Boko Haram já tinha assumido a autoria do ataque na terça-feira, 15, quando explicou que o seu intuito era desencorajar a educação ocidental. Em 2014, o grupo jihadista mencionou a mesma justificativa ao capturar mais de 200 meninas entre 16 e 18 anos de um internato no povoado de Chibok, no norte da Nigéria. Enquanto 112 permanecem desaparecidas, 88 delas conseguiram escapar ou foram libertadas, mas agora lidam com o trauma de terem sido abusadas sexualmente.
*Com informações de agências internacionais
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