Câmera registra policial atirando em menino de 13 anos em Chicago

A polícia alega que Adam Toledo, que acabou morrendo no local, estava carregando uma arma de fogo; advogada da família da vítima considera isso irrelevante porque o garoto já teria jogado o revólver no chão

  • Por Jovem Pan
  • 16/04/2021 15h53 - Atualizado em 16/04/2021 17h41
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EFE/EPA/CIVILIAN OFFICE OF POLICE Vídeo mostra policial atirando em menino de 13 anos em Chicago, nos Estados Unidos Nas imagens divulgadas pela polícia, não fica claro se Adam Toledo realmente estava segurando uma arma

A Polícia de Chicago divulgou uma filmagem polêmica que mostra o agente Eric Stillman, de 34 anos, atirando em Adam Toledo, de apenas 13 anos, nas primeiras horas do dia 29 de março. O vídeo, que foi gravado pela câmera de segurança acoplada na farda dos oficiais, mostra o policial correndo atrás do rapaz e pedindo para que ele parasse e mostrasse as mãos. O garoto obedece, mas em uma fração de segundo é baleado no peito. Uma ambulância é chamada, mas ele não resiste e morre no local. A polícia alega que o jovem estava armado, mas pouco antes de ser baleado jogou para longe o revólver, que é encontrado mais tarde em outro trecho do vídeo.

Uma evidência de que a arma realmente estava com Adam seriam os resíduos de pólvora encontrados em seus dedos. A advogada da família Toledo, Adeena J. Weiss-Ortiz, reconhece que Adam podia estar carregando uma arma, mas considera esse fato irrelevante porque ele obedeceu o policial, soltou o revólver e não apresentava uma ameaça no momento em que foi baleado. “Os vídeos falam por si só. Adam, em seu último segundo de vida, não tinha uma arma em suas mãos. Pode ser que ele tinha uma arma, não vou negar isso. Mas isso não é relevante, porque ele jogou a arma no chão”, afirma.

Segundo a imprensa norte-americana, a polícia se dirigiu ao local após ser notificada de sons de tiros na região. Naquela madrugada, os agentes teriam perseguido e detido Ruben Roman, de 21 anos, que morava com Adam. Ele está sendo acusado de colocar uma criança em perigo, descarga imprudente de arma de fogo, uso ilegal de arma e violação de liberdade condicional. Em meio às incertezas sobre o que realmente aconteceu naquele dia, a prefeita de Chicago, Lori Lightfoot, pediu que a população evitasse chegar a conclusões precipitadas, mas reconheceu a existência de um problema de violência na cidade. A divulgação da gravação acontece em um momento delicado para a Polícia dos Estados Unidos, que enfrenta o julgamento da ex-agente Tim Potter pela morte de Daunte Wright e de Derek Chauvin pelo caso George Floyd.

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