Capital chilena registra alta de 45% nos casos de Covid-19 em sete dias

A vacinação em todo o país começou no dia 24 de dezembro; mais de 8.600 profissionais de saúde foram imunizados

  • Por Jovem Pan
  • 30/12/2020 15h05 - Atualizado em 06/01/2021 16h03
EFE/Alberto Valdés/Archivo Com mais de 605.950 infecções desde março e cerca de 16.499 mortes, o Chile experimentou nas últimas três semanas uma segunda onda de infecções que levou a números que não eram registrados desde junho, quando o país estava à beira de um colapso

A alta expressiva nos casos de Covid-19 elevou as preocupações das autoridades sanitárias chilenas em relação às celebrações de Ano Novo na capital Santiago. A cidade, que é a maior do país, registou um aumento de 45% no número de novas infecções pela doença em relação à semana anterior. O ministro da Saúde, Enrique Paris, chamou a atenção para o problema e pediu a colaboração da população. “Pedimos o cumprimento das regras e condenamos veementemente as festas clandestinas”, afirmou. Já em toda a região metropolitana, os casos de Covid-19 subiram 8% na última semana, conforme publicação do ministro no Twitter no começo da tarde desta quarta-feira, 30. A capital vai festejar a passagem de ano com toque de recolher entre 2h e 7h da manhã, e no dia 1º de janeiro haverá uma quarentena obrigatória com possibilidade de deslocação à casa de familiares para reuniões de, no máximo, 15 pessoas.

No resto do Chile, as restrições aos feriados variam dependendo da epidemiologia do vírus. Em áreas com situação favorável, podem ser realizadas reuniões de até 30 pessoas e, no pior dos cenários, algumas cidades do sul ficarão em total confinamento. Com mais de 605.950 infecções totais desde março e cerca de 16.499 mortes, o Chile experimentou nas últimas três semanas uma segunda onda de infecções com um aumento nos casos que levou a números que não eram registrados desde junho, quando o país estava à beira de um colapso sanitário. De acordo com as autoridades sanitárias, nas últimas 24 horas foram registradas 11 mortes e 1.961 novas infecções, incluindo uma das novas cepas de um viajante do Reino Unido. Atualmente são 752 hospitalizados, dos quais 70 são críticos, e mais de 250 ventiladores mecânicos estão disponíveis em todo o país.

Imunização

No dia 24 de dezembro, o Chile iniciou a vacinação contra o coronavírus, utilizando o imunizante desenvolvido pela Pfizer em parceria com a BioNTech. Mais de 8.600 profissionais de saúde foram imunizados e o próximo lote de 10.000 doses deve chegar ao sul do país esta semana para dar continuidade ao processo. A vacina, gratuita e voluntária, será oferecida inicialmente aos trabalhadores da saúde, idosos, doentes crônicos e integrantes das Forças Armadas durante o primeiro trimestre de 2021. Os demais poderão obtê-la no primeiro semestre do próximo ano. O país foi o segundo da América Latina a iniciar o processo, o primeiro foi o México. O início da vacinação veio no auge da segunda onda de casos no Chile, que estava em pleno declínio havia três meses, mas que nas últimas semanas teve um aumento de casos.

Permissão de férias

As autoridades também anunciaram uma licença turística especial para residentes da capital e do resto da população de regiões onde a quarentena está em vigor nos fins de semana, para poderem viajar de ida e volta entre regiões apenas uma vez para um único destino. “As pessoas têm o direito de sair de férias e ver seus parentes, já que passamos muitos meses sob muito estresse”, acrescentou Enrique Paris. O Chile, que se tornou um dos países com mais contágios do mundo em junho, está em estado de emergência devido à catástrofe até março e com toque de recolher entre 22h e 5h.

*Com informações da EFE

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