Capitão de navio é condenado a 20 meses de prisão por vazamento de petróleo nas Ilhas Maurício

Em julgamento, capitão do barco afirmou que bebeu álcool de maneira moderada quando embarcação seguia de Singapura para o Brasil

  • Por Jovem Pan
  • 27/12/2021 11h49 - Atualizado em 27/12/2021 11h51
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Maxar Technologies/Handout via REUTERS imagem aérea de navio vazando petróleo nas ilhas maurício Cargueiro MV Wakashio derramou mais de mil toneladas de combustível nas águas do arquipélago em 20 de julho

O capitão e o primeiro oficial de um petroleiro que encalhou em um recife de corais nas Ilhas Maurício e provocou o pior desastre ambiental da história do arquipélago no Oceano Índico, foram condenados nesta segunda-feira, 27, a 20 meses de prisão. “O tribunal levou em consideração o fato de que os dois acusados se declararam culpados e pediram desculpas. A sentença decidida é de 20 meses de prisão”, afirmou a juíza Ida Dookhy Rambarrun. O “MV Wakashio”, um cargueiro japonês de bandeira panamenha, sofreu o acidente em 20 de julho e derramou mais de mil toneladas de combustível nas águas do arquipélago, afetando manguezais, corais e outros ecossistemas sensíveis. O capitão Sunil Kumar Nandeshwar e o primeiro oficial, Hitihanillage Subhoda Janendra Tilakaratna, foram declarados culpados de “colocar em perigo a navegação segura”, na terça-feira da semana passada por um tribunal da capital Port Louis. O “MV Wakashio” viajava de Singapura ao Brasil com 3,8 mil toneladas de petróleo e 200 toneladas de diesel quando bateu no recife, na costa sudeste de Maurício. “Aconteceu uma festa de aniversário a bordo e eu consumi álcool de maneira moderada”, admitiu o capitão durante o julgamento. Ele deu instruções de aproximação das Ilhas Maurício para que a tripulação tivesse cobertura em seus telefones celulares e, assim, todos conseguissem falar com suas famílias. Mais de mil toneladas de petróleo vazaram por uma fissura no casco do navio antes que as equipes de emergência conseguissem remover o combustível restante.

*Com informações da AFP

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