Casa Branca prepara orçamento de 2021 como se Trump fosse reeleito
Novo governo teria tempo hábil suficiente para preparar o documento por conta própria, o que sinaliza que a resistência em aceitar os resultados eleitorais projetados pela mídia continua
A Casa Branca instruiu as agências federais norte-americanas a prepararem a proposta de orçamento para o próximo ano fiscal, que começará no quarto trimestre de 2021 e avançará para 2022. O The Washington Post, que divulgou a informação, vê nessa atitude um sinal de que os republicanos ainda não reconheceram a vitória de Joe Biden nas eleições, como foi projetado pela mídia no último sábado, 7. O próximo mandato presidencial se inicia em 20 de janeiro e o orçamento precisa ser enviado para o Congresso até fevereiro. O argumento utilizado pelo jornal é que, dessa maneira, haveria tempo hábil suficiente para o novo governo preparar o documento. O fato da questão ter sido “adiantada” é sinal de que a atual administração está agindo como se Donald Trump tivesse sido reeleito.
Uma fonte entrevistada pelo The Washington Post disse que o comportamento tem incomodado alguns funcionários da Casa Branca. “Todos nós devemos fingir que isso é normal e fazer todo esse trabalho, mesmo sabendo que vamos ter que jogá-lo fora”, afirmou um deles. Essa não é a primeira vez que há uma sinalização da crença da reeleição do presidente por importantes membros do governo. Na terça-feira, 10, o secretário de Estado, Mike Pompeo, afirmou que estava pronto para “iniciar a transição para um segundo mandato de Trump”. Apesar da declaração ter sido feita pelo chefe da diplomacia dos Estados Unidos, Joe Biden já recebeu telefonemas e mensagens de diversas lideranças mundiais.
No entanto, nesta quinta-feira, 12, a emissora de televisão norte-americana CNN informou que o Departamento de Estado está impedindo o acesso de Joe Biden às mensagens enviadas para ele por alguns líderes. O democrata tem prosseguido com os seus planos apesar da situação. No mesmo dia, conversou com o Papa Francisco e manifestou sua vontade de trabalhar em conjunto com o pontífice nos próximos anos. “O fato de que eles não querem reconhecer nossa vitória neste ponto não é algo que traga muita consequência ao nosso planejamento”, afirmou Biden.
*Com informações do Estadão Conteúdo
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