Catar defende que cessar-fogo em Gaza é incompleto sem ‘retirada total’ de Israel

Os mediadores regionais, Catar, EUA e Egito, contribuíram para viabilizar a ‘trégua’ no território palestino, que entrou em vigor em 10 de outubro e encerrou, em grande parte, dois anos de guerra

  • Por Jovem Pan
  • 06/12/2025 10h00
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Foto por BASHAR TALEB / AFP Um homem está ao lado de sacos brancos para cadáveres durante o funeral de palestinos mortos em 3 de dezembro por um ataque israelense, no Hospital Nasser em Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza, em 4 de dezembro de 2025. A agência de defesa civil de Gaza disse à AFP em 3 de dezembro que um ataque israelense no sul do território palestino matou cinco pessoas, incluindo duas crianças. Os militares israelenses disseram que atacaram um militante do Hamas no sul de Gaza em resposta a um confronto com combatentes palestinos na área, que deixou cinco soldados feridos. Ataque israelense no sul do território palestino matou cinco pessoas, incluindo duas crianças na última quarta-feira (3) 

A trégua de quase dois meses na Faixa de Gaza não estará completa até a “retirada total” de Israel do território palestino, afirmou neste sábado (6) o primeiro-ministro do Catar, mediador no processo.

“Estamos em um momento crítico (…) Não se pode completar uma trégua a menos que haja uma retirada total das forças israelenses e seja restabelecida a estabilidade em Gaza”, declarou o premiê do Catar, xeque Mohammed bin Abdulrahman al Thani, no Fórum de Doha, uma conferência diplomática realizada anualmente na capital deste Estado do Golfo.

O Catar, junto com Estados Unidos e Egito, contribuiu para alcançar a trégua em Gaza, que entrou em vigor em 10 de outubro e encerrou em grande parte dois anos de combates entre Israel e Hamas.

Em uma segunda fase do acordo, que ainda não começou, Israel deve retirar-se de suas posições no território palestino. Também está prevista a criação de uma autoridade interina e o desdobramento de uma força internacional de estabilização (ISF, na sigla em inglês).

No entanto, países árabes e muçulmanos têm mostrado relutância em participar desta força, que poderia ter que combater com milicianos palestinos.

O ministro das Relações Exteriores da Turquia, Hakan Fidan, que também participou do fórum, afirmou que as conversas sobre este destacamento continuam em curso que ainda há questões a serem resolvidas quanto à sua estrutura de comando e aos países que forneceriam efetivos.

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Segundo o plano de 20 pontos apresentado inicialmente por Washington, o Hamas deve entregar suas armas, mas o grupo tem rejeitado repetidamente. Al Thani declarou que o Catar e os demais garantidores da trégua, Turquia, Egito e EUA, “estão trabalhando juntos para impulsionar a próxima fase” do acordo.

*Com AFP 

 

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