Cessar-fogo na Ucrânia termina sem interrupção dos combates e com Putin sozinho
Líder russo ordenou a paralisação dos bombardeios para que os ucranianos pudessem comemoraram o Natal ortodoxo
Acabou neste sábado, 7, o cessa-fogo ordenado pelo presidente russo Vladimir Putin, para os ucranianos comemoraram o Natal ortodoxo. Contudo, a anunciada trégua russa de 36 horas termino sem que os combates cessassem durante o dia. “O mundo pôde ver novamente como as declarações do alto comando em Moscou são enganosas”, acusou o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, em uma mensagem de vídeo publicada nas redes sociais. A Rússia “falou em um suposto cessar-fogo, mas na realidade bombardeou Bakhmut (leste do país) e outras posições ucranianas”, acrescentou. Após o anúncio do cessar-fogo do presidente Vladimir Putin, o primeiro desde o início da ofensiva russa em fevereiro, as autoridades ucranianas questionaram a sinceridade da trégua e a consideraram uma tática para ganhar tempo. Jornalistas presentes em Chasiv Yar, no leste da Ucrânia, confirmaram bombardeios repetidos ao longo da manhã. No entanto, os ataques foram menos intensos em comparação com os dias anteriores. Segundo a promotoria ucraniana, duas pessoas morreram e 13 ficaram feridas na sexta-feira em Bakhmut, uma cidade amplamente devastada pelos combates e onde ambos os lados estão sofrendo perdas importantes. As forças armadas russas também bombardearam a região de Kherson, matando um socorrista e ferindo sete pessoas, informaram as autoridades ucranianas.
Rússia e Ucrânia, em guerra desde fevereiro de 2022, celebraram neste sábado o Natal ortodoxo, religião professada pela maioria dos cidadãos russos e ucranianos. Do lado russo, Vladimir Putin assistiu à missa sozinho em uma igreja do Kremlin à meia-noite de sexta-feira, abdicando de seu costume de participar da liturgia em uma província ou nos arredores de Moscou. Em mensagem divulgada neste sábado pelo Kremlin, o presidente russo felicitou os cristãos ortodoxos e indicou que este dia inspira “boas ações e aspirações”. As organizações religiosas “apoiam nossos soldados que estão participando de uma operação militar especial”, declarou o presidente russo, usando o termo oficial do Kremlin para a ofensiva na Ucrânia. Do lado ucraniano, centenas de fiéis assistiram a uma missa histórica por ocasião do Natal ortodoxo neste sábado no famoso mosteiro das Cavernas de Kiev, que antes respondia ao Patriarcado de Moscou, mas que agora passou para as mãos da Ucrânia devido à guerra.
*Com informações da AFP
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