Chicago elege Lori Lightfoot, a primeira prefeita negra e homossexual

  • Por Jovem Pan
  • 03/04/2019 10h24
Agência EFE A democrata Lori Lightfoot foi eleita na terça-feira (2) a primeira prefeita negra e homossexual de Chicago A democrata Lori Lightfoot foi eleita na terça-feira (2) a primeira prefeita negra e homossexual de Chicago

A democrata Lori Lightfoot foi eleita na terça-feira (2) a primeira prefeita negra e homossexual de Chicago — terceira cidade mais populosa dos Estados Unidos. “Hoje nós não apenas fizemos história, mas iniciamos um movimento de mudança”, disse a advogada de 56 anos, que obteve 73,8% dos votos.

“Quando começamos nossa campanha, ninguém confiava em nossas possibilidades. Agora vejam onde chegamos”, disse. A prefeita eleita prometeu colocar “os interesses de todos os moradores da cidade acima dos interesses de alguns poderosos”.

Lori enfrentará problemas como as altas taxas de criminalidade, brutalidade policial, corrupção endêmica, déficits financeiros e falta de recursos para a educação pública na cidade. Em 2018, Chicago registrou 561 assassinatos, 100 a menos que no ano anterior, porém mais que Nova York e Los Angeles – as duas maiores cidades do país -, juntas.

Essas taxas de homicídio levaram o presidente americano, Donald Trump, a ameaçar em 2017 intervir na cidade com forças federais para conter o que ele chamou de “carnificina”.

Eleições

Nas eleições, Lori Lightfoot derrotou a também negra Toni Preckwinkle, presidente do Partido Democrata em Illinois, que obteve 26,2% dos votos. Após o anúncio da apuração das urnas, Preckwinkle disse em seu discurso que aquela era “claramente uma noite histórica”. “Até pouco tempo atrás, duas mulheres negras em um segundo turno para a prefeitura, seria algo impensável.”

No pleito, apenas 29% dos 1,5 milhão dos eleitores participaram, número menor que os 34% participaram do primeiro turno, em fevereiro, quando tinha 14 candidatos na disputa. Esse número foi o resultado do abalo político que levou ao anúncio em setembro do atual prefeito, Rahm Emanuel, de não tentar um terceiro mandato.

O ex-congressista e também ex-chefe do Gabinete dos presidentes Bill Clinton e Barack Obama, que chegou ao poder com as melhores credenciais, perdeu apoio da população após um caso de violência policial. Em 2014, um policial branco matou um adolescente negro com dezesseis disparos pelas costas.

Os líderes das comunidades negra acusaram Emanuel de encobrir o assassinato. O policial Jason Van Dyke foi condenado a 81 meses de prisão por um assassinato em segundo grau.

*Com informações da Agência EFE

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