Chilenos protestam contra migração ilegal e alta criminalidade: ‘Basta’

Manifestação na cidade de Iquique, norte do país, acontece após quatro venezuelanos atacarem um policial no município; expectativa é de paralisação nesta segunda-feira

  • Por Jovem Pan
  • 31/01/2022 05h51 - Atualizado em 31/01/2022 08h16
  • BlueSky
EFE/Adriana Thomasa Homem segura bandeira com frase contra a migração ilegal Protesto acontece após quatro venezuelanos atacarem um policial no município de Iquique

O domingo, 30, foi marcado por protestos contra a migração ilegal no norte do Chile. Com gritos de “basta” e bandeiras chilenas, manifestantes fizeram uma passeata pelo centro da cidade de Iquique, por onde chega a maioria dos imigrantes que atravessam diariamente a fronteira com a Bolívia. “Recentemente, vimos como a nossa cidade mudou. Sempre estivemos com estrangeiros, com peruanos e bolivianos, mas isto ultrapassou todos os limites e está havendo uma delinquência terrível”, disse a manifestante Patricia Pizarro. O protesto acontece após quatro venezuelanos terem atacado um policial no município. A expectativa é que aconteça uma paralisação das atividades nesta segunda-feira, 31, com participação de caminhoneiros e do setor portuário.

Segundo Raúl Arancibia, procurador de Tarapacá, região à qual Iquique pertence, os homicídios aumentaram 183% em um ano e surgiram grupos criminosos “extremamente violentos”. “As pessoas estão cansadas da criminalidade e da chegada excessiva e descontrolada de migrantes, há assaltos por todo lado, não se pode viver assim”, disse a manifestante Carolina Campos. A crise migratória se agravou em outubro do ano passado, com a chegada de centenas de estrangeiros, o que obrigou o governo a construir albergues para controlar a situação. Ao menos duas pessoas morreram ao tentarem atravessar a fronteira neste ano e ao menos 23 desde que o fluxo migratório começou, em fevereiro de 2021. Atualmente, há 1,4 milhão de migrantes no Chile, o que representa mais de 7% da população. Os venezuelanos são os mais numerosos, seguidos pelos peruanos, haitianos e colombianos.

*Com EFE

  • BlueSky

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.