China cumprimenta Biden e anuncia sanções contra ex-governo Trump

Mike Pompeo e outras 27 pessoas que trabalharam para o ex-presidente dos Estados Unidos foram acusadas pelo governo chinês de ‘preconceito e ódio’

  • Por Jovem Pan
  • 21/01/2021 14h59
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EFE/EPA/ROMAN PILIPEY Durante os quatro anos do governo Trump, a relação entre China e Estados Unidos se deteriorou

A China demonstrou otimismo em relação às suas relações com os Estados Unidos após a chegada de Joe Biden à presidência. Um dia depois da cerimônia de posse do democrata, o governo chinês felicitou o novo líder norte-americano e desejou que o seu mandato seja um sucesso, mencionando ainda sua vontade de que volte existir “respeito mútuo” e “cooperação” entre os países. O aceno à Biden desta quinta-feira, 21, vem acompanhado de críticas ao governo do ex-presidente Donald Trump, que lançou uma espécie de guerra comercial contra a China durante os seus quatro anos na Casa Branca.

“O governo do ex-presidente Trump – e, principalmente, de seu secretário de Estado, Mike Pompeo – quebrou muitas pontes que devem ser reconstruídas. Danificou estradas que devem ser reparadas. Os dois governos devem ter a coragem de ouvir um ao outro e respeitarem uns aos outros. Se ambos estiverem dispostos a consertar, o faremos”, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Hua Chunying, ao jornal estatal Global Times. No mesmo dia, o governo chinês impôs sanções contra Pompeo e outros 27 funcionários de alto escalão do antigo governo Trump, que estão sendo acusados de ter violado a soberania do país asiático.

De acordo com o documento, nos últimos anos “alguns políticos anti-China, motivados pelo interesse próprio, preconceito e ódio, não tendo em conta os interesses do povo chinês e americano, planejaram, promoveram e executaram uma série de medidas absurdas que interferiram seriamente nos assuntos internos da China, minaram seus interesses, ofenderam seu povo e perturbaram seriamente as relações bilaterais”. Por esse motivo, os sancionados foram proibidos de entrar na China, Hong Kong ou Macau e todas as empresas que estiverem relacionadas a eles não poderão fazer negócios com o país asiático.

Nos últimos anos, a relação entre a China e os Estados Unidos colocou as duas potências uma contra a outra a tecnológica e estrategicamente, com atritos cada vez mais frequentes por conta dos direitos humanos na região chinesa de Xinjiang ou da situação em Hong Kong, Taiwan ou nas águas do Mar do Sul da China. Uma das últimas ações de Donald Trump na Casa Branca foi classificar a China como autora de genocídio contra os uigures, uma minoria de religião muçulmana.

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