Embaixada da China garante esforço máximo para trazer insumos das vacinas ao Brasil

O Instituto Butantan informou nesta quarta-feira que praticamente esgotou os insumos para fabricar a Coronavac e depende de novas remessas de matéria-prima chinesa para garantir novas remessas

  • Por Jovem Pan
  • 21/01/2021 14h21
ADRIANA TOFFETTI/A7 PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO - 12/12/2020 Frasco da vacina Coronavac Instituto Butantan e Fiocruz precisam de insumos para a fabricação de suas vacinas

Nesta quinta-feira, 21, a embaixada da China informou que fará ‘máximos esforços’ para conseguir avanços no envio de insumos para a fabricação de vacinas ao Brasil ‘sob a premissa de garantir saúde e segurança’. A matéria-prima da China é necessária para a produção tanto das vacinas da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) quanto do Instituto Butantan. “A parte chinesa tem sempre apoiado e continuará apoiando o fortalecimento de cooperação na área de vacinas entre as empresas e instituições dos dois países”, afirmou, em nota, a embaixada. “Diante do vírus, a humanidade é uma comunidade de futuro compartilhado. As vacinas são a principal arma de combate à pandemia. A solidariedade e a ajuda mútua são o único caminho a seguir. Para a China, o único objetivo de pesquisar e desenvolver vacinas e promover a cooperação internacional é salvar mais vidas”, completou.

O Instituto Butantan afirmou na quarta-feira que praticamente esgotou a quantidade de insumos para fabricar a Coronavac no Brasil. O órgão ligado ao governo de São Paulo já distribuiu o primeiro lote, com seis milhões de doses, para começar a imunização no país. Além disso, tem condições de entregar só mais 4,8 milhões de unidades. Depois, depende da matéria-prima chinesa para garantir novas remessas. O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) reuniu ontem ministros, no Palácio do Planalto, e pediu que todos saíssem em defesa do governo na guerra das vacinas.

Após desentendimentos com a China, o governo brasileiro agora nega divergências políticas e montou uma força-tarefa para negociar a importação deste insumo. O chanceler Ernesto Araújo, porém, tem sido isolado nas discussões. O próprio Bolsonaro já desacreditou a segurança e eficácia da Coronavac citando a sua “origem”. O produto foi desenvolvido pela chinesa Sinovac. “Da China nós não compraremos. É decisão minha. Não acredito que ela transmita segurança suficiente a população pela sua origem, esse é o pensamento nosso”, disse Bolsonaro, em 21 de outubro, em entrevista à Jovem Pan.

*Com informações do Estadão Conteúdo

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