China denuncia ‘repressão injustificada’ dos EUA contra suas empresas
Departamento de Defesa dos EUA incluiu a gigante de tecnologia Tencent e a fabricante de baterias CATL em uma lista de empresas consideradas afiliadas às Forças Armadas de Pequim
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Guo Jiakun, fez duras críticas aos Estados Unidos, acusando o país de promover uma repressão injustificada contra empresas chinesas. Essa declaração veio à tona após o Departamento de Defesa dos EUA incluir a gigante de tecnologia Tencent e a fabricante de baterias CATL em uma lista de empresas consideradas afiliadas às Forças Armadas de Pequim. Embora a inclusão nesta lista, enviada ao Congresso americano, não traga consequências legais diretas, ela pode impactar negativamente a reputação das empresas, prejudicando suas operações e relações comerciais globais.
O porta-voz chinês destacou que a China se opõe firmemente a essas ações, classificando-as como uma repressão jurídica injustificada. Ele afirmou que tais medidas são tentativas de frear o desenvolvimento tecnológico e de alta qualidade do país. O representante chinês apelou para que Washington interrompa imediatamente essas práticas e alertou que Pequim não ficará de braços cruzados, prometendo adotar “medidas necessárias” para proteger os direitos e interesses legítimos das empresas chinesas.
A Tencent, uma das maiores fabricantes de videogames do mundo, também é responsável pelo popular aplicativo WeChat, amplamente utilizado na China para comunicação, pagamentos e serviços. A inclusão da Tencent na lista pode afetar sua imagem e suas operações internacionais, dado o seu papel crucial no mercado de tecnologia global. A empresa tem sido um pilar na economia digital da China, e qualquer impacto negativo pode ter repercussões significativas. A CATL, uma gigante no setor de baterias, é responsável por mais de um terço da produção global para veículos elétricos, fornecendo para grandes marcas como Mercedes-Benz, BMW, Volkswagen, Toyota, Honda e Hyundai.
*Com informações de Grieco Holtz
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