China estuda misturar vacinas para aumentar eficácia contra a Covid-19
Diretor do Centro de Controle e Prevenção de Doenças da China afirmou que outra opção considerada seria aumentar o número de doses ou o intervalo entre as aplicações
O diretor do Centro de Controle e Prevenção de Doenças da China, Gao Fu, afirmou que Pequim cogita misturar várias vacinas ou uma mudança na imunização para aumentar o efeito dos compostos contra a Covid-19. Em conferência na cidade de Chengdu, o diretor que a eficácia das vacinas produzidas no país não é alta. De acordo com Fu, além da mistura, Pequim estuda outras opções como aumentar a dosagem, o número de doses ou o tempo de intervalo entre elas para solucionar o problema.
Em entrevista ao jornal estatal chinês Global Times publicada neste domingo, 11, Gao Fu afirmou que não quis dizer que os imunizantes são pouco eficazes. “As taxas de proteção de todas as vacinas do mundo às vezes são altas e às vezes são baixas. A melhora de suas eficácias é uma questão que os cientistas de todo o mundo devem fazer. A respeito disso, sugiro que pensemos em ajustar o processo de vacinação, assim como o número de doses e intervalos e adotemos uma vacinação sequencial com diferentes tipos de antígeno”, afirmou Fu.
No caso da CoronaVac, produzida pelo laboratório Sinovac, estudos trouxeram diferentes taxas de eficácia em diferentes países. Na Turquia, por exemplo, o imunizante apresentou eficácia de 91,25%, enquanto na Indonésia o resultado foi de 65,3%. Já no Brasil, as análises concluíram que a vacina apresenta 50,4% de eficácia. Essa porcentagem divulgada pelo Brasil refere-se à chance de risco de adoecer, porém, estudos também mostraram que o imunizante tem 100% de eficácia contra casos graves. Ou seja, se a pessoa for infectada, ela tem 100% de chance de não adoecer gravemente.
*Com informações da Agência EFE
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