China rejeita acusações de interferência política nos EUA: ‘Ridículo’
A China afirmou, nesta sexta-feira, que as novas acusações de interferência política nos Estados Unidos são “injustificadas” e “ridículas”, e pediu ao governo de Donald Trump que deixe os rumores e pare de caluniar o governo de Pequim.
O Ministério das Relações Exteriores chinês respondeu desta forma ao duro discurso realizado ontem pelo vice-presidente americano, Mike Pence, que criticou as medidas da China no plano político, econômico e militar, e afirmou o país asiático está interferindo nas eleições legislativas do próximo mês nos EUA para subtrair o apoio de Trump.
“O discurso de Pence fez acusações injustificadas contra as políticas internas e externas da China, e caluniou nosso país ao afirmar que nos intrometemos em assuntos internos e nas eleições dos EUA”, disse hoje, a porta-voz do ministério chinês, Hua Chunying, citada pela agência estatal “Xinhua”.
Segundo ela, isso são apenas “rumores” e considerou “muito ridículo” que o lado americano “estigmatize suas trocas normais e cooperação com China como uma interferência em seus assuntos internos e em suas eleições”.
Além disso, a porta-voz lembrou que Pequim sempre segue o princípio de não interferir nos assuntos internos de outros países, por isso não tem nenhum interesse em se intrometer nas questões domésticas e eleitorais de Washington.
“Queremos que o lado americano corrija seus erros, deixe de acusar e caluniar sem fundamento a China, de prejudicar os interesses e relações entre a China e os EUA, e tome medidas concretas para manter o desenvolvimento sólido e estável das relações bilaterais”, acrescentou Hua Chunying.
As duras acusações de Pence contra o governo de Xi Jinping aumentam as crescentes tensões entre as duas potências, imersas desde julho em uma agressiva guerra comercial, antes da visita a Pequim, na próxima segunda-feira, do secretário de Estado americano, Mike Pompeo.
Na semana passada, Trump havia acusado a China de estar atacando com propaganda “o cinturão agrícola” dos EUA, composto por estados do Centro-Oeste, como Iowa e Illinois, que foram prejudicados pelas tarifas que Pequim impôs à soja, dentro da guerra comercial entre os dois países.
*Com informações da Agência EFE.
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