Cientistas comprovam existência de caverna na Lua que pode abrigar humanos em missões espaciais
Estudo tem impacto científico, mas também implicações para o desenvolvimento de missões na Lua, onde o ambiente é hostil à vida humana, com o lado exposto ao Sol podendo atingir 127°C e o lado oposto descendo até -173°C
Cientistas conseguiram comprovar a existência de uma caverna na Lua. A existência dessas estruturas no relevo lunar é cogitada há mais de 50 anos, mas a equipe de pesquisadores italianos chefiada por Lorenzo Bruzzone e Leonardo Carrer, da Univerdidade de Trento, conseguiu confirmar a existência do túnel. De acordo com as informações publicadas em artigo científico, a caverna tem ao menos cem metros de profundidade e poderia abrigar humanos e protegê-los da radiação e das temperaturas extremas do espaço. A comprovoção da cavidade foi feita com a utilização de radar em uma planície rochosa chamada Mare Tranquillitatis. O estudo tem impacto científico, mas também implicações para o desenvolvimento de missões na Lua, onde o ambiente é hostil à vida humana. Com o lado exposto ao Sol podendo atingir 127°C e o lado oposto descendo até -173°C. Com uma radiação cósmica e solar até 150 vezes mais potente do que a experimentada na Terra. E uma ameaça constante de meteoritos. Daí a necessidade de encontrar soluções para locais de pouso de sondas ou para a construção de infraestruturas protegidas, como aquelas que poderiam ser realizadas nas profundezas da Lua.
Segundo os pesquisadores, a superfície do buraco, que se assemelha a uma claraboia, é visível a olho nu da Terra. De acordo com os pesquisadores, a estrutura foi formada a partir da lava que fluiu na superfície lunar há milhões ou bilhões de anos. A astronauta Helen Sharman projetou que, dentro de algumas décadas, os humanos poderão viver em poços lunares, mas ressaltou que os astronautas terão que utilizar técnicas como rapel, jet packs e elevadores para acessar a estrutura devido à profundidade do buraco. Cientistas planejam explorar a caverna utilizando radares de penetração no solo, câmeras e robôs, o que pode contribuir para futuras missões de exploração em Marte. A pesquisa também pode beneficiar a exploração de cavernas em outros corpos celestes.
Publicado por Heverton Nascimento
*Reportagem produzida com auxílio de IA
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