Cocaína que matou 24 pessoas na Argentina tinha anestésico para elefantes

Substância usada foi o carfentanil, apontaram laboratórios da Promotoria e da Polícia Científica de Buenos Aires

  • Por Jovem Pan
  • 10/02/2022 18h42
Eliana Obregón / AFP Policiais em favela de Buenos Aires Policiais detiveram traficante acusado de distribuir cocaína adulterada

A cocaína adulterada que causou ao menos 24 mortes na Argentina continha carfentanil, um opioide de uso veterinário para animais de grande porte, como elefantes. A conclusão foi alcançada pelos peritos dos laboratórios da Promotoria de Munro e pelos da Polícia Científica de Buenos Aires, e foi divulgada pelos jornais “Clarín” e “La Nación”. Inicialmente, a suspeita era de que houvesse sido usado o fentanil, um dos opioides que têm causado uma epidemia de overdoses nos Estados Unidos. O carfentanil, contudo, é cerca de 100 vezes mais potente, de acordo com a DEA, a agência de combate às drogas do país norte-americano. A DEA chegou até mesmo a orientar seus agentes a não manipularem substâncias se suspeitarem que elas contém carfentanil. Além das mortes, cerca de 200 pessoas teriam sido intoxicadas, e algumas dezenas foram internadas com sintomas graves de insuficiência respiratória. A polícia argentina apontou o traficante paraguaio Joaquín Aquino, conhecido como “El Paisa”, como o responsável pela distribuição – ele foi preso e teve uma ordem de expulsão permanente do país emitida. Outras 12 pessoas que teriam se envolvido na venda da droga adulterada também foram presas.

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.