Com Chile e Colômbia, Macron lança plano de proteção para florestas: ‘Brasil é bem-vindo’

  • Por Jovem Pan
  • 23/09/2019 12h17
EFE Governo francês doará US$ 100 milhões ao programa

O presidente da França, Emmanuel Macron, lançou, nesta segunda-feira (23), junto ao presidente da Colômbia, Iván Duque, e do Chile, Sebastián Piñera, uma grande aliança para proteger a Amazônia e outras florestas tropicais. O plano inclui novas ajudas de doadores internacionais, entre elas US$ 100 milhões do governo francês, mas deixa o Brasil de fora.

Em agosto, durante o encontro do G7, Macron pediu auxílio com urgência para a floresta, que está sofrendo com queimadas. Sua fala gerou grande repercussão e o francês acabou se envolvendo em uma longa polêmica com o presidente Jair Bolsonaro (PSL), que o acusou de se intrometer em assuntos nacionais e atacar a soberania brasileira.

Mesmo assim, durante o lançamento, Macron reconheceu a importância da ausência do Brasil nesta iniciativa e insistiu que o país é “bem-vindo”.

Junto a ele, Duque e Piñera, que lideraram a apresentação da aliança, outros chefes de Estado e de governo estavam presentes no evento, como a chanceler da Alemanha, Angela Merkel; a primeira-ministra da Noruega, Erna Solberg; e o presidente da Bolívia, Evo Morales.

Os líderes ressaltaram que a iniciativa respeita a soberania nacional dos países onde se encontram essas florestas tropicais. Para Piñera, a colaboração internacional é “necessária” e não se choca com o respeito à soberania, já que são “princípios complementares”.

Também discursaram no ato vários líderes indígenas latino-americanos e o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, que destacou a urgência de agir para proteger a Amazônia e outras florestas tropicais. “As florestas do nosso mundo estão em chamas”, afirmou enfatizando que o problema do desmatamento é “global”.

Quem também participou do evento foi o ator Harrison Ford, em nome da Conservação Internacional, para anunciar uma ajuda de US$ 20 milhões da ONG e insistir na importância de deixar de lado os debates e agir. “Estamos há 30 anos falando de salvar a Amazônia, e ainda continuamos falando. “A nossa casa está em chamas, e só temos uma casa”, comentou.

*Com informações da Agência EFE

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