Como devem ser os próximos passos até o funeral da rainha Elizabeth II

Operação London Bridge inclui série de protocolos para os dez dias que sucedem a morte da monarca, incluindo detalhes do velório e diretrizes para Charles III

  • Por Jovem Pan
  • 08/09/2022 18h55 - Atualizado em 08/09/2022 19h13
ANDY BUCHANAN / AFP rainha elizabeth ii Rainha Elizabeth vai receber novo premiê britânico em sua residência na Escócia

Com a confirmação da morte da rainha Elizabeth II pelo Palácio Palácio de Buckingham, nesta quinta-feira, 8, a monarquia britânica deu início a Operação London Bridge, que reúne uma série de protocolos, medidas e preparativos para os dez dias que sucedem o falecimento da rainha do Reino Unido. Como a Jovem Pan antecipou, o nome da operação faz referência à frase usada por funcionários do alto escalão para confirmar internamente a morte a rainha: “The London Bridge is down”, que quer dizer em tradução livre “A ponte de Londres caiu”. Os preparativos e regras a serem executados incluem desde uma lista prioritária para os anúncios sobre o falecimento real, que incluem os familiares, o secretário pessoal de Elizabeth e a primeira-ministra Liz Truss, até apontamentos para o reconhecimento imediato do então príncipe Charles, herdeiro do troco, como novo rei e diretrizes para o funeral e velório real. Confira abaixo como devem ser os próximos passos até o funeral da Rainha Elizabeth II:

Dia ‘D’ – Hoje: O Centro de Resposta Global do Ministério das Relações Exteriores será responsável por noticiar os 15 governos em que Elizabeth é chefe de Estado sobre a sua morte, assim como as outras 36 nações da Commnwealth. Os ministros são imediatamente informados por e-mail do falecimento da rainha. Após isso, as bandeiras em Whitehall são abaixadas a meio mastro. Primeira-ministra Liz Truss fará pronunciamento oficial e programará evento com o novo Rei.

Dia D+1 : O Conselho de Adesão deve se reunir com Charles para proclamá-lo rei e ele cumprirá os primeiros deveres oficiais de seu reinado, jurando proteger igrejas da Inglaterra e da Escócia. Feito isso, proclamação do novo soberano será lida de uma sacada em St James’s e em locais importantes no Reino Unido e na Commonwealth. Da mesma forma, os trabalhos parlamentares são suspensos pelo período de 10 dias e seus membros terão que fazer um juramento de fidelidade ao novo rei. Haverá uma reunião conjunta entre a primeira-dama, o governo e o novo monarca. Ainda nesta sexta-feira, 9, os sinos da Abadia de Westminster e da Catedral de São Paulo devem tocar por uma hora ao meio-dia e saudações de armas serão disparadas em toda a Inglaterra, País de Gales, Escócia e Irlanda do Norte.

Dia D+2: O corpo da rainha Elizabeth deve ser levado no Royal Train até Edimbugo, como parte da Operação Unicórnio, que já incluia rituais e protocolos se a monarca morresse em Balmoral, o que realmente aconteceu. O caixão da rainha ficará na Catedral de St Giles, onde as pessoas terão a chance de prestar suas homenagens antes que o corpo de Elizabeth seja levado ao Palácio de Buckingham, em Londres, onde será colocado na sala do trono. No local haverá um altar, um manto, o estandarte real e quatro guardas.

Dia D+3: O rei Charles III deve receber a moção de condolências no Westminster Hall. Na sequência, o novo monarca deve embarcar em uma viagem pelo Reino Unido, com moção de condolências no Parlamento escocês e uma celebração religiosa na Catedral de St Giles, em Edimburgo.

Dia D+4: Dando sequência à viagem de luto, o rei Charles III deve receber moção de condolências no Castelo de Hillsborough, na Irlanda do Norte, e participar de uma missa na Catedral de St Anne em Belfast.

Dia D+5: Neste dia, haverá ainda uma procissão do Palácio de Buckingham ao Palácio de Westminster, sendo o primeiro grande desfile militar da London Bridge. A rota é pensado para receber cerca de um milhão de pessoas e o planejamento é baseado na logística das Olimpíadas de Londres 2012. No Westminster Hall, o corpo de Elizabeth deve permanecer por quatro dias completos.

Dia D+6: O caixão permanece em no Palácio de Westminster, onde começa a ser velado. O corpo da rainha será guardado por membros das forças armadas britânicas. Haverá cobrança de ingressos. Será realizado um ensaio para o cortejo do funeral.

Dia D+7: O rei Charles III viaja para o País de Gales, onde deve receber uma moção do Parlamento e participar de uma celebração religiosa na Catedral de Liandaff em Cardiff.

Dia D+8 e +9: Começam as visitações públicas a Elizabeth II e a expectativa é que milhares de pessoas passem pelo Palácio de Westminster. A maior parte do país estará de folga, com lojas fechadas ou em funcionamento reduzido. Além disso, estabelecimentos e casas devem exibir a foto da rainha em suas janelas. O mercado de ações estará fechado. Na noite anterior, cultos podem acontecer em cidades do Reino Unido e estádios de futebol podem ser usados para serviços memoriais, se necessário.

Dia D+10: Será declarado luto oficial, sendo realizado funeral de Estado para a Rainha Elizabeth II na Abadia de Westminster. Às 9h, o Big Ben vai atacar e dois mil convidados estarão participando da cerimônia, que também será televisionada. Às 11 horas, quando o caixão chegar às portas da abadia, o país ficará em silêncio por dois minutos. Procissões devem acontecer em Londres e Windsor. A monarca será sepultada ao lado de seu pai, no Castelo de Windsor, na Capela Memorial do rei George VI. O corpo do príncipe Philip, que morreu em abril de 2021, será removido do Royal Vault para que os dois possam permanecer juntos. Por mais um mês, o retrato de Elizabeth deve continuar nas instituições públicas do Reino Unido, sendo substituído pelo de Chales III em seguida.

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