Conflito na Etiópia se agrava e pode levar o país a uma guerra civil
Homens armados mataram 34 pessoas que viajavam em um ônibus de passageiros; dias antes, dois aeroportos foram alvo de ataques com foguetes

Neste domingo, 15, um ataque a um ônibus de passageiros no oeste da Etiópia deixou pelo menos 34 mortos. As informações são da Comissão Etíope de Direitos Humanos, que afirmou que homens armados atiraram contra os civis. O atentado acontece em meio ao conflito em Tigré, no norte do país, que pode encorajar outros dos 80 grupos étnicos que compõem o país a aproveitar a situação caótica para tentar conquistar mais autonomia. Na sexta-feira, 13, dois aeroportos próximos à região foram alvo de foguetes.
A disputa em Tigré teve início do dia 4, quando o primeiro-ministro Abiy Ahmed, vencedor do Prêmio Nobel da Paz de de 2019, ordenou uma ofensiva à região alegando que a população local tinha atacado uma base militar. Os tigrés, por sua vez, afirmam que essas acusações são falsas e que foi o governo federal quem começou a briga. A Acnur, agência de refugiados da ONU, aponta que pelo menos 20 mil etíopes fugiram para o Sudão desde o início do mês devido aos conflitos.
*Com informações de agências internacionais
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.