Convidado como ‘presidente da Venezuela’, Juan Guaidó prega união contra autoritarismo em cúpula nos EUA
Opositor do ditador Nicolás Maduro fez pronunciamento breve e foi tratado como convidado de destaque do evento organizado pelo governo Biden
Creditado pelos Estados Unidos como presidente interino da Venezuela, o opositor do ditador Nicolás Maduro, Juan Guaidó, foi um dos convidados de destaque da Cúpula da Democracia, evento organizado pelo governo de Joe Biden que convidou líderes mundiais para falar sobre o desenvolvimento democrático em diferentes nações. Em uma fala de pouco mais de três minutos, Guaidó afirmou que a Venezuela sofre a maior crise migratória da história por causa dos ataques feitos à democracia no país, com pessoas passando fome e em situação de pobreza extrema. “A defesa da democracia é a única forma de lutar contra um regime autoritário que ameaça a vida dos nossos cidadãos”, afirmou o político, que agradeceu a Biden pelo convite e pelo “conhecimento da luta da Venezuela” e citou a importância da união dos países em busca de um mundo sem autoritarismos.
“Estamos convencidos de que podemos salvar a democracia e salvar a Venezuela. A democracia pode acontecer, mas temos que ir além das palavras e construir uma frente unificada com um foco multilateral que responsabilize os regimes autoritários pelos seus crimes e crie mecanismos de defesa para as forças democráticas e os ativistas de direitos humanos que estão lutando e são perseguidos”, afirmou. A Cúpula da Democracia, iniciada nesta quarta-feira, 8, teve seu segundo dia aberto por um discurso do presidente Joe Biden e vai continuar em curso até esta sexta-feira, 10. Líderes mundiais se pronunciaram de forma virtual por causa da pandemia da Covid-19 e a falta de convite a alguns países grandes, como Rússia e China, causou uma espécie de “desconforto diplomático” entre as nações.
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