Coreia do Sul, China e EUA se unem para aliviar tensões com a Coreia do Norte

  • Por Estadão Conteúdo
  • 13/12/2017 11h18
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EFE/EPA/KCNA SOUTH EFE/EPA/KCNA SOUTH As relações entre China e Coreia do Sul amargaram nesse ano

Coreia do Sul, China e Estados Unidos sinalizaram uma nova tentativa de diálogo para ajudar a aliviar as tensões sobre o programa nuclear da Coreia do Norte. O presidente sul-coreano, Moon Jae-in, chegou a Pequim nesta quarta-feira para uma visita oficial, com o objetivo de reparar os laços bilaterais.

A viagem de quatro dias de Moon Jae-in começou horas depois de Washington indicar disposição em retomar as conversas com Pyongyang sem estabelecer precondições – uma posição mais suave que poderia ajudar a unir os vizinhos da Coreia do Norte para lidar com o país.

As relações entre China e Coreia do Sul amargaram nesse ano, conforme Pequim reagiu mal ao desenvolvimento de um programa de testes de mísseis de defesa americanos, numa disputa que dificultou os esforços para coordenar uma resposta da região contra o avanço da tecnologia nuclear e de mísseis balísticos da Coreia do Norte.

Ambos os lados concordaram, em outubro, em colocar as disputas de lado, abrindo espaço para a primeira visita da Moon Jae-in à China desde que assumiu a presidência, em maio. Na quinta-feira, ele deve se encontrar com o presidente chinês Xi Jinping.

“China e Coreia do Sul compartilham interesses comuns e posições similares em desnuclearizar a Península da Coreia por meio de diálogo e negociação”, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lu Kang, nesta terça-feira.

Para Pequim, laços mais amigáveis com Seul fortalecem sua capacidade de levar Washington a aceitar as propostas da China de ter uma conversa direta com Pyongyang, disse Cheng Xiaohe, professor na Universidade Renmin, em Pequim.

Com o secretário de Estado dos EUA, Rex Tillerson, abrindo as portas para negociações com a Coreia do Norte, “há um afrouxamento de posições” que dá ao encontro de Xi e Moon uma oportunidade de “discutir como sustentar esse momento em direção a negociações”, disse Cheng.

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